Sábado, 27 de Abril de 2024

Home Política General Cid, pai do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, não esclarece questões da PF e pressão aumenta sobre a família

Compartilhe esta notícia:

O interrogatório do general Mauro Lourena Cid, pai de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, não foi frutífero para as investigações da Polícia Federal (PF). Isso porque Lourena Cid foi chamado para esclarecer um fato, mas não colaborou nas suas respostas. A oitiva teve duas horas e meia de duração.

As perguntas foram realizadas no âmbito do inquérito das joias da Arábia Saudita. O general é apontado pela PF como um dos responsáveis por comercializar, nos Estados Unidos, itens que pertencem ao Estado brasileiro, mas que Jair Bolsonaro se apropriou indevidamente como presidente.

Bolsonaro ganhou joias e presentes milionários no exercício do mandato, e investigações da PF mostram que os itens começaram a ser negociados nos EUA em junho de 2022. Entre elas estava um kit de joias composto por um relógio da marca Rolex de ouro branco, um anel, abotoaduras e um rosário islâmico entregue a Bolsonaro em uma viagem oficial à Arábia Saudita em outubro de 2019.

No entendimento do Tribunal de Contas da União (TCU), esses presentes deveriam ter ido para o acervo do Estado brasileiro, e não ser tratados como bens pessoais.

De acordo a PF, ele recebia os valores em sua conta bancária. O pai de Cid ocupava, desde 2019, um cargo no escritório da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos, a Apex, em Miami.

O rosto de Lourena Cid foi identificado pela PF no reflexo de uma foto usada para negociar esculturas recebidas pelo governo como presente oficial.

Segundo investigadores, ao fotografar a caixa com os itens para pedir uma avaliação do valor em lojas especializadas, Mauro Lourena Cid acabou deixando seu rosto aparecer no reflexo.

De acordo com a PF, após transportarem as esculturas para os EUA no mesmo avião presidencial que levou Jair Bolsonaro ao país, às vésperas do fim do mandato em 2022, Mauro Barbosa Cid pediu que o pai, Mauro Lourena, fosse às lojas de joias.

Lourena Cid teria tentado vender as joias nos dias 3 e 4 de janeiro de 2023, mas não conseguiu, porque descobriu que os itens não eram de ouro maciço, e sim, folheadas.

O novo interrogatório aumenta a pressão sobre Mauro Cid e sua família. Ele foi preso novamente na semana passada, depois que seus áudios com ataques ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes e à maneira como a PF conduziu sua colaboração vieram à tona.

Um dos pontos do acordo assinado por Cid prevê que membros da sua família implicada nos inquéritos sejam poupados. Como informou a coluna, com a possibilidade de acordo do tenente-coronel ser rompido, general Lourena Cid teme ser o próximo alvo de prisões.

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de Política

Janja batiza novo submarino lançado por Lula e Emmanuel Macron no Rio de Janeiro
Rio Grande do Sul registra a criação de 25,5 mil empregos em fevereiro
Deixe seu comentário
Baixe o app da RÁDIO Pampa App Store Google Play

No Ar: Show de Notícias