Terça-feira, 08 de Outubro de 2024

Home Tecnologia Gigantes da tecnologia mantêm poder na corrida pela inteligência artificial

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Em 2021, um grupo de engenheiros abandonou a OpenAI preocupado com o fato de a empresa pioneira de inteligência artificial (IA) ter se concentrado demais em ganhar dinheiro. Eles formaram a Anthropic, uma corporação de interesse público dedicada a criar uma IA responsável. Há pouco, a Anthropic se uniu a um parceiro corporativo ao anunciar um acordo com a Amazon no valor de até US$ 4 bilhões (por volta de R$ 20,6 bilhões).

O acordo ressalta como a necessidade insaciável de poder de computação da IA está empurrando até mesmo as startups mais anticorporativas para os braços das big techs. Antes de a Anthropic anunciar a Amazon como seu parceiro de nuvem “preferencial”, ela se gabava, em fevereiro, de ter um relacionamento semelhante com o Google.

Os porta-vozes de ambas as empresas disseram que o relacionamento entre o Google e a Anthropic não mudou. O boom da IA é visto como a próxima revolução na tecnologia, com o potencial de catapultar uma nova onda de startups para a estratosfera do Vale do Silício. Mas, em vez de quebrar o domínio de uma década das big techs sobre a economia da internet, o boom da IA até agora parece estar fazendo o jogo dessas gigantes.

Os armazéns de poderosos chips de computador das grandes empresas de tecnologia (os data centers) são necessários para treinar os complexos algoritmos por trás dos chatbots de IA, dando à Amazon, ao Google e à Microsoft uma imensa influência sobre o mercado. E, embora empresas iniciantes como a Anthropic possam ter criado uma tecnologia inovadora e poderosa, elas ainda precisam do dinheiro e dos recursos de computação em nuvem das big techs para fazê-la funcionar.

“Para criar IA em qualquer tipo de escala significativa, qualquer desenvolvedor terá dependências essenciais de recursos que estão concentrados em grande parte em apenas algumas empresas”, disse Sarah Myers West, diretora administrativa do AI Now Institute, que pesquisa os efeitos da IA na sociedade. “Não há realmente um caminho para sair disso.”

Demanda

O treinamento de sistemas de IA generativos, como chatbots e geradores de imagens, é extremamente caro. A tecnologia por trás deles precisa processar trilhões de palavras e imagens antes de poder produzir textos e imagens realistas. Esse trabalho exige milhares de chips de computador especializados instalados em enormes data centers que consomem enormes quantidades de energia. E a demanda só está aumentando.

A Virgínia do Norte (a região mais importante do mundo para armazéns de computadores) aumentou em 20% sua capacidade total em 2022, de acordo com a empresa imobiliária CBRE. Ainda assim, as taxas de vacância nos data centers da região eram inferiores a 2% no início deste ano.

Em janeiro, a OpenAI, a startup que deu início ao boom da IA ao lançar o ChatGPT no ano passado, anunciou um acordo multibilionário semelhante com a Microsoft, dando à gigante da tecnologia acesso profundo à nova tecnologia e permitindo que ela lance um chatbot próprio.

O acordo da Anthropic com a Amazon não vincula as duas empresas tão intimamente, mas permite que os engenheiros da Amazon usem os modelos da Anthropic em seus produtos, disse a Amazon em um comunicado à imprensa anunciando o acordo.

 

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