Quinta-feira, 07 de Agosto de 2025

Home Economia Governador gaúcho se reuniu com o vice-presidente Geraldo Alckmin e pediu agilidade nas medidas de apoios a empresas afetadas pelo tarifaço dos Estados Unidos

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O governador Eduardo Leite cobrou nessa quarta-feira (6) do vice-presidente e ministro da Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, agilidade na adoção de medidas de apoio às empresas afetadas pelo tarifaço imposto pelos Estados Unidos. Alckmin assegurou que o governo federal prepara um “pacote robusto” de auxílio aos exportadores.

Durante o encontro, Leite entregou um ofício acompanhado de um relatório elaborado pelo Comitê de Crise da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs), detalhando as consequências das medidas para a economia gaúcha.

“É fundamental que o Brasil atue com pragmatismo nesta negociação. Precisamos deixar de lado discursos que só criam atritos e focar em resultados concretos, que protejam nossa indústria, os empregos e a competitividade do país no cenário internacional”, afirmou Leite.

De acordo com o documento, o Rio Grande do Sul é o segundo Estado brasileiro mais afetado pelo chamado “tarifaço” do governo norte-americano de Donald Trump, que entrou em vigor hoje. As tarifas adicionais incidem sobre 85,7% das exportações gaúchas para os EUA, o que corresponde a cerca de US$ 1,6 bilhão em vendas anuais.

Os setores mais prejudicados incluem:

• produtos de metal (45,8% das exportações para os EUA);
• máquinas e materiais elétricos (42,5%);
• madeira (30,1%);
• couro e calçados (19,4%);
• tabaco (8,9%).

A Fiergs estima que os impactos podem resultar em até 22 mil postos de trabalho perdidos entre os 143 mil empregados nas indústrias mais expostas.

“No encontro, atualizamos o vice-presidente sobre os números que mostram a gravidade da situação para a indústria gaúcha. Setores como produtos de metal, armas e munições, couro e calçados e madeira serão fortemente impactados. Nosso papel é cobrar medidas que deem fôlego a essas empresas e preservem empregos”, disse o governador.

Propostas

No ofício, o Estado declara apoio às propostas apresentadas pela Fiergs para mitigar os danos da medida. Dentre elas, estão:

• ampliação do Reintegra (programa de incentivo às exportações);
• reativação do Programa Seguro-Emprego;
• criação de linhas emergenciais de crédito via Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES);
• prorrogação de regimes fiscais especiais.

“Estamos pedindo ao governo federal medidas semelhantes às que foram adotadas durante a pandemia e as enchentes, focadas nos setores estratégicos mais afetados, para que consigam atravessar este momento”, acrescentou o governador.

Leite também disse ter recebido de Alckmin a sinalização de que o governo federal trabalha em um pacote de medidas de apoio às empresas impactadas. “O vice-presidente nos relatou que já está em diálogo com autoridades americanas na busca por novas exceções às tarifas e que estuda ações para dar suporte às empresas. Esperamos que essas medidas venham logo, com foco na manutenção de empregos”, concluiu.

Alckmin também relatou ao governador a expectativa de incluir novos produtos na lista de exceções à sobretaxa imposta pelo presidente Donald Trump. O Rio Grande do Sul é um dos Estados mais afetados pela medida. Segundo dados da Fiergs, cerca de 85% da produção direcionada aos Estados Unidos é atingida.

“O vice-presidente assegurou que está sendo estruturado um pacote robusto de auxílio às empresas. Tem que focalizar as políticas públicas, atender às empresas que serão diretamente afetadas, em setores estratégicos”, disse Leite.

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