Sábado, 07 de Junho de 2025

Home Política Governadores de direita defendem flexibilizar o licenciamento ambiental e falam de virada em 2026

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Anunciado como o “maior ponto de encontro de cultura agro do mundo”, o Global Agribusiness Festival, realizado em São Paulo, serviu de palanque para governadores de direita cotados para a eleição presidencial de 2026, enquanto autoridades lulistas convidadas faltaram ao evento. O setor é majoritariamente alinhado ao bolsonarismo.

Os governadores de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos); de Minas, Romeu Zema (Novo); e de Goiás, Ronaldo Caiado (União) discursaram para um público que pagou pelo menos R$ 1 mil para acompanhar a programação completa. Havia a expectativa dos organizadores de receber três governadores mais próximos do presidente Lula e dois ministros, mas nenhum deles apareceu no evento.

De olho na aproximação com o setor antes das eleições de 2026, esses governadores vêm repetindo a estratégia de marcarem presença em grandes eventos do agro, um dos eleitorados mais cativos de Bolsonaro. Nas últimas semanas, eles frequentam também a Agrishow, em Ribeirão Preto (SP), e a Expozebu, em Uberaba (MG).

A pesquisa Genial/Quaest apontou que o grau de conhecimento dos governadores testados melhorou. Em janeiro, 45% diziam que não conheciam Tarcísio. Agora são 39%, enquanto o de Caiado foi de 68% para 62%. Já o de Ratinho Júnior (PSD), do Paraná, variou de 51% para 48%.

“Temos um pré-candidato que tem um grande conhecimento por parte da população, que é Jair Bolsonaro. Fora ele, todos nós temos um grau de conhecimento. É lógico que, no primeiro turno, caso Bolsonaro não seja candidato, nós podemos sair e cada um que vá para a sua área. Quem der conta de chegar ao segundo turno vai dar conta de ser eleito”, disse Caiado, que comemorou a Genial/Quaest. “Tem coisa melhor de ver o gráfico do Lula afundando e a gente subindo?”

Tarcísio foi mais cauteloso e evitou críticas diretas ao governo Lula. Em rápida conversa com jornalistas na saída do palco, limitou-se a dizer que a eleição ainda está distante.

“Não tem que pensar nisso. Eleição é no ano que vem, tem que pensar em resultado.”

Ausências

Os ministros Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário e Celso Sabino (Turismo), além dos governadores de Pernambuco, Raquel Lyra (PSD), e do Piauí, Rafael Fonteles (PT), foram as ausências governistas.

Apesar do bom momento da agricultura, principal responsável pelo crescimento de 1,4% do PIB no primeiro trimestre, o governo federal também ficou de fora de outros eventos: o ministro Carlos Fávaro (Agricultura), não foi ao Agrishow em abril, apesar de ter sido convidado, nem ao ExpoZebu, no início de maio.

Com isso, os discursos do foram uníssonos sobre a insatisfação com o governo federal e com apelos a “novos ares”. Embora afirme que pretende tentar a reeleição em São Paulo, Tarcísio, que tem apostado em programas e acenos de apelo nacional, fez uma defesa do projeto de lei que flexibiliza as regras de licenciamento ambiental ao afirmar que sua gestão “faz muito investimento e também preserva”.

Caiado, como em outras feiras e eventos do agronegócio, reforçou a sua postura de “tolerância zero” com o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e apelou para a pauta da segurança pública.

“Em 2026, vocês, líderes rurais, podem arregaçar as mangas porque vamos ganhar as eleições para presidente da República”, afirmou.

Zema, por sua vez, defendeu uma “virada” em 2026:

“Minas está contribuindo com o Brasil e tenho certeza que, no ano que vem, teremos uma virada que vai fazer com que o agro tenha a devida valorização que tanto merece.” (Com informações do jornal O Globo)

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