Terça-feira, 22 de Abril de 2025
Por Redação Rádio Pampa | 8 de fevereiro de 2022
O Ministério da Saúde afirmou que está analisando a possibilidade de recomendar uma quarta dose da vacina contra a covid para a população em geral no Brasil, mas que no momento ainda não há dados suficientes para emitir essa autorização.
O ministro da Saúde, Marco Queiroga, disse na última segunda-feira (7) que o tema está em discussão pela área técnica e que a decisão é de ainda não liberar a quarta dose para a população em geral.
“A área técnica tem discutido isso. A secretária Rosana [Leite de Melo, secretária extraordinária de enfrentamento à covid do Ministério da Saúde] conversou comigo e disse que o grupo técnico ainda não avalia aplicar essa quarta dose neste momento, mas, na prática, seria a dose de 2022. O que nós temos são doses para garantir que as necessárias, recomendadas pelos técnicos, sejam disponibilizadas para a população brasileira”, afirmou o ministro em entrevista a jornalistas.
Uma nota técnica da pasta sobre o tema foi divulgada na última sexta (4). O documento afirma que o plano de vacinação contra a covid é dinâmico e pode ser alterado de acordo com conclusões científicas, mas que antes de considerar a inclusão da quarta dose “se faz necessário compreender o cenário epidemiológico com maior detalhamento quanto às hospitalizações, óbitos e infecções pela covid-19 entre determinados grupos etários e sua relação com o status de vacinação (vacinados x não vacinados)”.
Desde dezembro, o Ministério da Saúde recomenda que a quarta dose seja aplicada somente em imunossuprimidos, como portadores de HIV, pacientes em hemodiálise, em tratamento com quimioterapia para câncer e que receberam transplantes de órgãos, entre outras. Nesses casos, a quarta dose pode ser aplicada quatro meses após a terceira.
No momento, 77,7% da população brasileira recebeu a primeira dose da vacina e 70,3% completou o esquema vacinal. A dose de reforço foi aplicada em 23,6% da população.
Dose para ômicron
O secretário-executivo do Ministério da Saúde, Rodrigo, afirmou que o governo discute liberar a quarta dose para a população com mais de 60 ou 70 anos, mas ainda aguarda estudos sobre a necessidade ou não de usar uma segunda geração de vacinas, desenvolvida especificamente para as novas variantes do coronavírus.
A Pfizer/BioNTech e a Moderna, que produzem vacinas com a tecnologia de RNA mensageiro, estão realizando ensaios clínicos com uma nova versão de seus imunizantes, desenvolvida especificamente para a variante ômicron.
Na última semana de janeiro, um estudo de terceira dose com a vacina da Moderna específica contra a ômicron em macacos indicou que não houve diferença significativa em relação à vacina normal.
Os macacos foram divididos em dois grupos: um recebeu a dose de reforço normal e outro o reforço específico para a ômicron. Depois de serem infectados com a covid, ambos os grupos tiveram “aumentos comparáveis e significativos na resposta de anticorpos neutralizantes”, segundo o estudo.
Esse resultado pode indicar que uma vacina específica contra a ômicron não seja necessária, segundo os pesquisadores, mas ainda é necessário aguardar os dados de ensaios clínicos feitos em humanos.
No Ar: Pampa Na Tarde