Quarta-feira, 18 de Junho de 2025

Home Política Governo corre para evitar relator bolsonarista na CPMI do INSS

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O governo  do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) corre para evitar um relator bolsonarista na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investigará o escândalo do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Após o Palácio do Planalto conseguir emplacar o senador aliado Omar Aziz (PSD-AM) na presidência do colegiado, cresceu a pressão para que o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), nomeie um oposicionista para relatar o processo.

A relatoria ficará com um deputado, e governistas defendem que seja alguém do Centrão, e não um defensor do ex-presidente Jair Bolsonaro. O argumento é que, apesar de um senador da base aliada ter sido indicado para a presidência, o cargo não ficará com um petista. Portanto, na visão de aliados do presidente Lula, não há motivos para o relator ser bolsonarista.

Ter o controle da comissão se tornou ainda mais importante para o governo após as últimas pesquisas que apontam a impopularidade de Lula. Como antecipou a Coluna do Estadão, levantamento CNT/MDA apontou que, para 40,2% dos brasileiros, o País estará pior no fim do mandato de Lula do que estava quando o petista assumiu o Palácio do Planalto.

O governo espera recuperar aprovação justamente com o ressarcimento de aposentados e pensionistas que tiveram descontos indevidos nos benefícios do INSS- o escândalo freou uma retomada na popularidade de Lula que estava em curso. Mas perder o controle da CPMI poderia acabar com os planos do Planalto.

Desde maio o governo prepara aliados “bons de briga” para a CPMI do INSS. Embora ainda tentasse convencer Alcolumbre a enterrar o colegiado, o Planalto viu que a instalação seria inevitável e passou a elaborar uma estratégia de enfrentamento aos bolsonaristas.

Criação

Alcolumbre leu nessa terça-feira (17) o pedido de criação da CPMI para investigar fraudes e desvios na Previdência Social. A leitura do requerimento é uma etapa formal e significa, na prática, que a CPI mista está criada. A efetiva criação do colegiado depende da publicação do pedido em uma edição do “Diário do Congresso Nacional”, uma burocracia que deve ser cumprida nos próximos dias.

A partir da publicação, Alcolumbre abrirá prazo para que lideranças partidárias indiquem membros para compor a comissão de inquérito. A abertura dos trabalhos da CPI mista depende da conclusão desta etapa e ainda não tem data para ocorrer. (Com informações do Estado de S. Paulo)

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