Sexta-feira, 17 de Outubro de 2025
Por Redação Rádio Pampa | 17 de outubro de 2025
O governo do Rio Grande do Sul está destinando mais de R$ 3,1 bilhões, por meio do Fundo do Plano Rio Grande (Funrigs), para obras de reconstrução e fortalecimento da infraestrutura rodoviária e de pontes em todo o Estado. O investimento, conduzido pela Secretaria de Logística e Transportes, busca garantir que as novas estruturas sejam mais resistentes a eventos climáticos extremos, como as enchentes que devastaram diversas regiões gaúchas em 2024.
De acordo com o governo, cerca de 95% das rodovias estaduais afetadas já foram liberadas, permitindo a retomada do tráfego, o acesso a comunidades isoladas e o reaquecimento da economia regional. As ações fazem parte do Plano Rio Grande, programa criado para coordenar a recuperação e a adaptação do Estado após a maior catástrofe climática de sua história.
O governador Eduardo Leite destacou que a reconstrução segue critérios de resiliência e prevenção. “Reconstruir não é refazer igual, é fazer melhor. Estamos aplicando mais de R$ 3 bilhões em obras com drenagens ampliadas, contenções de encostas, alteamento de pontes e camadas drenantes. Nosso objetivo é preparar o Estado para suportar eventos climáticos cada vez mais severos”, afirmou.
Segundo Leite, os investimentos também impulsionam a economia regional. “Cada estrada duplicada, cada ponte reconstruída e cada rodovia modernizada representa mais segurança, mais competitividade e mais oportunidades para os gaúchos”, completou.
Após as cheias que comprometeram dez pontes e mais de 8 mil quilômetros de rodovias, o governo definiu sete critérios para priorizar as obras do Funrigs: a situação da rodovia, o tempo adicional de deslocamento, o número de pessoas afetadas, o impacto econômico e na saúde, a influência na mobilidade urbana e o volume de veículos.
Os contratos seguem o modelo de Regime de Contratação Integrada (RCI), no qual as empresas são responsáveis tanto pelo projeto quanto pela execução. O formato busca acelerar o cronograma das intervenções, que devem ser concluídas até o final de 2027.
Entre as obras em andamento está a nova ponte sobre o Rio Três Forquilhas, na ERS-417, entre Itati e Três Forquilhas. A estrutura de 88 metros está 80% concluída e representa um investimento de R$ 8,2 milhões, dos quais R$ 6 milhões já foram aplicados.
Outra intervenção de destaque é a ponte sobre o Arroio Marcondes, na RSC-471, em Sinimbu, no Vale do Rio Pardo. Com 67 metros de extensão e aporte de R$ 6,5 milhões, a obra está 60% finalizada e deve ser entregue até o fim do ano.
O secretário de Logística e Transportes, Juvir Costella, afirmou que cada etapa executada representa “um passo efetivo no restabelecimento da qualidade de vida da população”. Segundo ele, o foco é entregar obras “densas e de engenharia complexa, alinhadas ao conceito de resiliência climática”.
Uma das ações mais simbólicas do Plano Rio Grande é o projeto de uma nova ponte sobre o Rio Taquari, que ligará a ERS-129, em Estrela, à ERS-130, em Cruzeiro do Sul. O Estudo de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental (EVTEA), apresentado em setembro, prevê uma estrutura de aproximadamente 3,1 quilômetros, situada em área com cotas mais elevadas que as atingidas pela enchente de 2024.
O investimento total previsto é de R$ 350 milhões, sendo R$ 295 milhões destinados à obra e R$ 60 milhões para desapropriações. O cronograma de execução é de 18 meses, com recursos provenientes do Funrigs.
Desde 2024, as equipes do Estado têm atuado na remoção de barreiras, na recuperação de aterros e na manutenção de pavimentos. O objetivo é não apenas restaurar a infraestrutura, mas também incorporar soluções que reduzam o risco de novas perdas.
Para Eduardo Leite, o processo marca uma virada na forma de planejar o futuro do Rio Grande do Sul. “A diferença entre uma obra que funciona e uma infraestrutura que protege vidas está na capacidade de pensar o futuro. É isso que estamos fazendo com o Plano Rio Grande: reconstruindo o Estado com resiliência, segurança e desenvolvimento”, afirmou o governador.
Com mais de R$ 3 bilhões já mobilizados e dezenas de frentes de trabalho em andamento, o governo projeta concluir todas as intervenções até 2027, consolidando uma nova fase de modernização da malha rodoviária gaúcha e de fortalecimento da infraestrutura diante das mudanças climáticas.
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