Terça-feira, 14 de Outubro de 2025
Por Redação Rádio Pampa | 14 de outubro de 2025
O governo Lula bancou ao menos 19 viagens de Vânia Marques, presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), entidade controlada pelo PT e das que mais se beneficiaram do roubo aos aposentados, com faturamento estimado em R$ 3,7 bilhões. Vânia substituiu Aristides Veras, irmão do deputado Carlos Veras (PT-PE). Sua posse foi em 3 de abril e 20 dias depois a Polícia Federal colocou nas ruas a Operação Sem Desconto, que revelou a gatunagem.
Agenda palaciana
A primeira viagem foi em junho de 2023. Vânia voou de Salvador (BA) para Brasília (DF), onde participou de reunião no Palácio do Planalto.
Tudo na faixa
Após o primeiro voo, Vânia ainda decolou mais duas vezes em 2023 por nossa conta. Foram outras 4 viagens em 2024 e outras 4 este ano.
Mês passado
A viagem mais recente foi entre 15 e 19 de setembro para participar de evento ligado à COP-30. Custou R$ 4.197, bancada com nosso dinheiro.
Cabidão
Vânia aparece pendurada em “conselhos” inventados pela gestão de Lula e até comitês ligados ao programa “Minha Casa, Minha Vida”.
Lula tenta blindar Janja no caso de jatinhos da FAB
O decreto de Lula (PT) ampliando os “poderes” da primeira-dama, como se ela tivesse algum, objetiva apenas blindar Janja das múltiplas denúncias aos órgãos de controle sobre os gastos que a oposição considera abusivos, na utilização de aeronaves da Força Aérea Brasileira (FAB). Ela não tem esse direito: a lei define que o uso de jatinhos da FAB é reservado a chefes de Poder, ministros de Estado e comandantes militares, e recentemente estendeu a mordomia a ministros do STF.
Ele se blindou
Ao ampliar “poderes” de Janja para que ela continue a bater asas por conta do pagador de impostos, Lula também se blinda de processos.
Batom na cueca
A Casa Civil é que requer jatinhos da FAB para Janja, e isso coloca Lula vulnerável a denuncias de crimes de responsabilidade, por exemplo.
Explicações
O Planalto sempre refuta indagações sobre extravagâncias de Janja em viagens alegando que “primeira-dama não é cargo público”. Agora é.
Estranha omissão
O diretor da ANP Pietro Mendes escondeu dos outros diretores a ação de fiscalização na Refit no início do mês. A informação é de funcionários da ANP que participaram do pente fino. Ligado a Alexandre Silveira, Pietro deixou a presidência do Conselho da Petrobras para ser diretor da ANP.
Tropa de choque
O Planalto deve ter muito medo da CPMI do INSS, a julgar pela tropa de choque que criou para atrapalhar o trabalho do relator, deputado Alfredo Gaspar (União-AL), e proteger depoentes que possam abrir a boca.
Chegando ao topo
Kim Kataguiri (União-SP) divulgou lista de autoridades do governo Lula (PT) cujas convocações já pediu à CPMI, incluindo os ministros Wolney Queiroz (Previdência) e Jorge Messias (AGU), candidato ao STF.
Vai falar
Presidente da CPMI do INSS, Carlos Viana (Pode-MG) torce por uma delação premiada sobre a bandalheira no instituto. O senador criticou a blindagem do STF aos investigados: “uma hora alguém abre a boca”.
Sem chance
Torcendo por um “rasgo de bom senso” de Lula, Rogério Marinho (PL-RN) avaliou como deveria ser o próximo ministro do Supremo, “precisa de juízes, não de militantes”. O senador admitiu não ter muita esperança.
Camarão flambado
A senadora Damares Alves (Rep-DF) cobra explicações do Ministério de Minas e Energia sobre gastança com camarões e hotéis de luxo a parentes do presidente do Serviço Geológico do Brasil.
Efeito Gaza
Discreto nas declarações, o ministro do STF André Mendonça reapareceu nas redes sociais. Celebrou a volta dos reféns que sobreviveram aos terroristas do Hamas e a reconstrução da Palestina.
Soa familiar
Em 2021, partidos, políticos e ONGs, quase todos de esquerda, criaram o que a imprensa chamou de “superpedido” de impeachment de Bolsonaro por crimes “contra o livre exercício dos poderes Legislativo e Judiciário” e “contra direitos políticos”. Sempre foram seletivos.
Pensando bem…
…o avanço da CPMI na investigação do roubo aos aposentados é inversamente proporcional ao interesse da grande mídia.
PODER SEM PUDOR
Quando um “animal” fala…
Interventor de Minas Gerais, Benedito Valadares era conhecido pelo vocabulário esquálido e os gestos pouco elegantes. No início dos anos 1940, em visita a Manhuaçu, na zona da mata, ele discursou: “Manhuasuínos! Não vos desanimeis. Animais, como eu…” Foi interrompido por um apavorado assessor para informar, baixinho, que a palavra correta era “manhuasuenses”. Era tarde: a multidão, ofendida, já havia iniciado a debandada.
* Com Rodrigo Vilela e Tiago Vasconcelos
* @diariodopoder (Instagram)
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