Segunda-feira, 29 de Dezembro de 2025
Por Redação Rádio Pampa | 28 de dezembro de 2025
A saída do ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, do cargo já foi pactuada com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, após uma conversa recente em que o ministro relatou ao chefe do Executivo o desejo de deixar a função. Segundo a apuração, Lula disse que compreendia a vontade de Lewandowski e afirmou que pensaria em um substituto.
As informações foram publicadas pela Folha de S.Paulo, que aponta que o governo já vem percebendo, há meses, sinais de cansaço do ministro. Apesar disso, a troca não deve ocorrer de forma imediata. Como informou a colunista Mônica Bergamo, Lewandowski deve deixar o cargo nas primeiras semanas de 2026.
Parte da cúpula do governo acredita que a mudança será postergada até a aprovação da PEC (proposta de emenda à Constituição) que reorganiza as atribuições do governo federal e dos estados na segurança pública. Essa é a ideia mais forte no entorno de Lewandowski. Não é possível, porém, dizer quando esse projeto será votado pelo Congresso.
Há, entre aliados do presidente da República, grupos que defendem uma mudança no perfil de quem comandará a pasta. Principalmente se ela for divida em um Ministério da Justiça e outro da Segurança Pública –hoje as duas áreas estão sob o comando de Lewandowski.
Para esses setores, falta alguém de perfil combativo em posição de destaque no governo para disputar a pauta da segurança junto à opinião pública. O assunto é tradicionalmente dominado por forças políticas de direita, adversárias de Lula.
Na avaliação de quem defende um novo ministro mais aguerrido, o governo federal tem tido ações de impacto no combate ao crime organizado, com operações contra lavagem de dinheiro e sonegação de impostos como a Carbono Oculto, e é necessário reivindicar de forma mais veemente o mérito dessas medidas para a gestão Lula.
A importância de disputar a opinião pública em torno da segurança se torna ainda maior em ano eleitoral, como 2026. É consenso no mundo político de que o tema deverá ser um dos principais da eleição para presidente da República. Esse é um dos assuntos favoritos de políticos linha-dura de direita, adversários de Lula em sua busca por reeleição.
No primeiro ano de governo, a função de embate político cabia a Flávio Dino, hoje ministro do STF (Supremo Tribunal Federal). Ao escolher Lewandowski para a pasta, em janeiro de 2024, o presidente da República optou por alguém de perfil mais discreto.
A avaliação, naquele momento, era de que o principal problema a ser resolvido no país era econômico, e que não havia necessidade de um protagonismo do ministro da Justiça. Agora o foco do eleitorado está na segurança pública.
Negociações
Além das pressões sobre o perfil do substituto, a definição também pode ser atravessada por negociações políticas mais amplas. A montagem de alianças para 2026 e articulações sobre a composição de um eventual novo governo Lula podem influenciar diretamente quem assumirá a cadeira hoje ocupada por Lewandowski.
O próprio calendário do presidente pode retardar anúncios. Lula viajou para passar o Natal com a família em São Paulo e deve passar a virada do ano na Restinga da Marambaia, área militar no litoral do Rio de Janeiro. O presidente só retorna a Brasília em 2026.
Nomes cotados
Enquanto isso, já começam a surgir nomes especulados para substituir Lewandowski. Um dos citados é o secretário-executivo do Ministério da Justiça, Manoel Carlos de Almeida Neto. Governistas ressalvam que ele é um nome mais técnico do que político e que sequer tem se movimentado para assumir o cargo.
Também é mencionado o ex-presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). Ele, porém, já disse a aliados que não deve assumir nenhum posto no governo.
Pacheco foi preterido por Lula na indicação para uma vaga aberta no STF (Supremo Tribunal Federal). O presidente da República escolheu o advogado-geral da União, Jorge Messias, em vez do senador, que passou a indicar que encerrará sua carreira política.
Messias também é mencionado como um possível sucessor de Lewandowski. Nesse caso, porém, Lula teria que retirar a indicação ao STF, o que é improvável. As informações são da Folha de S. Paulo
Por Redação Rádio Pampa | 28 de dezembro de 2025
A saída do ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, do cargo já foi pactuada com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, após uma conversa recente em que o ministro relatou ao chefe do Executivo o desejo de deixar a função. Segundo a apuração, Lula disse que compreendia a vontade de Lewandowski e afirmou que pensaria em um substituto.
As informações foram publicadas pela Folha de S.Paulo, que aponta que o governo já vem percebendo, há meses, sinais de cansaço do ministro. Apesar disso, a troca não deve ocorrer de forma imediata. Como informou a colunista Mônica Bergamo, Lewandowski deve deixar o cargo nas primeiras semanas de 2026.
Parte da cúpula do governo acredita que a mudança será postergada até a aprovação da PEC (proposta de emenda à Constituição) que reorganiza as atribuições do governo federal e dos estados na segurança pública. Essa é a ideia mais forte no entorno de Lewandowski. Não é possível, porém, dizer quando esse projeto será votado pelo Congresso.
Há, entre aliados do presidente da República, grupos que defendem uma mudança no perfil de quem comandará a pasta. Principalmente se ela for divida em um Ministério da Justiça e outro da Segurança Pública –hoje as duas áreas estão sob o comando de Lewandowski.
Para esses setores, falta alguém de perfil combativo em posição de destaque no governo para disputar a pauta da segurança junto à opinião pública. O assunto é tradicionalmente dominado por forças políticas de direita, adversárias de Lula.
Na avaliação de quem defende um novo ministro mais aguerrido, o governo federal tem tido ações de impacto no combate ao crime organizado, com operações contra lavagem de dinheiro e sonegação de impostos como a Carbono Oculto, e é necessário reivindicar de forma mais veemente o mérito dessas medidas para a gestão Lula.
A importância de disputar a opinião pública em torno da segurança se torna ainda maior em ano eleitoral, como 2026. É consenso no mundo político de que o tema deverá ser um dos principais da eleição para presidente da República. Esse é um dos assuntos favoritos de políticos linha-dura de direita, adversários de Lula em sua busca por reeleição.
No primeiro ano de governo, a função de embate político cabia a Flávio Dino, hoje ministro do STF (Supremo Tribunal Federal). Ao escolher Lewandowski para a pasta, em janeiro de 2024, o presidente da República optou por alguém de perfil mais discreto.
A avaliação, naquele momento, era de que o principal problema a ser resolvido no país era econômico, e que não havia necessidade de um protagonismo do ministro da Justiça. Agora o foco do eleitorado está na segurança pública.
Negociações
Além das pressões sobre o perfil do substituto, a definição também pode ser atravessada por negociações políticas mais amplas. A montagem de alianças para 2026 e articulações sobre a composição de um eventual novo governo Lula podem influenciar diretamente quem assumirá a cadeira hoje ocupada por Lewandowski.
O próprio calendário do presidente pode retardar anúncios. Lula viajou para passar o Natal com a família em São Paulo e deve passar a virada do ano na Restinga da Marambaia, área militar no litoral do Rio de Janeiro. O presidente só retorna a Brasília em 2026.
Nomes cotados
Enquanto isso, já começam a surgir nomes especulados para substituir Lewandowski. Um dos citados é o secretário-executivo do Ministério da Justiça, Manoel Carlos de Almeida Neto. Governistas ressalvam que ele é um nome mais técnico do que político e que sequer tem se movimentado para assumir o cargo.
Também é mencionado o ex-presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). Ele, porém, já disse a aliados que não deve assumir nenhum posto no governo.
Pacheco foi preterido por Lula na indicação para uma vaga aberta no STF (Supremo Tribunal Federal). O presidente da República escolheu o advogado-geral da União, Jorge Messias, em vez do senador, que passou a indicar que encerrará sua carreira política.
Messias também é mencionado como um possível sucessor de Lewandowski. Nesse caso, porém, Lula teria que retirar a indicação ao STF, o que é improvável. As informações são da Folha de S. Paulo