Terça-feira, 12 de Agosto de 2025

Home Colunistas “Guerra dos sexos” – a natureza que nem o feminismo pode apagar

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No princípio, antes de códigos e leis, antes mesmo de a escrita nascer, o homem e a mulher já conheciam seus papéis. Não havia ideologias nem rótulos. Havia sobrevivência…

O homem saía para prover, proteger e garantir a continuidade da espécie. A mulher cuidava da casa, do homem, dos filhos e, de forma silenciosa, educava até o próprio homem.

Essa divisão não era opressão: era necessidade biológica e social. Assim foi por milhares de anos.

Com o passar do tempo, civilizações nasceram, impérios caíram, religiões moldaram culturas, e a revolução industrial mudou para sempre o modo como homens e mulheres se relacionavam.

Mas foi no século XX que essa balança começou a se inclinar de forma brusca. O movimento sufragista deu às mulheres o direito ao voto e, no Brasil, isso aconteceu a partir de 1932, abrindo caminho para avanços civis e sociais.

Foi uma conquista legítima, apoiada por homens e mulheres liberais que entendiam a importância da participação feminina na vida pública.

No entanto, as ondas seguintes do feminismo, especialmente a partir da década de 1960, começaram a alterar profundamente a visão sobre papéis tradicionais.

Muitas dessas mudanças foram positivas: a mulher entrou com força no mercado de trabalho, conquistou espaço acadêmico, assumiu cargos de liderança etc.

Mas, como em toda revolução, vieram os excessos. Narrativas passaram a distorcer fatos. Um exemplo claro: a narrativa feminista de que, no Brasil, “a mulher ganha menos que o homem pelo mesmo trabalho”.

A verdade é que a legislação brasileira, desde o artigo 461 da CLT, proíbe qualquer diferença salarial para funções idênticas ou de igual valor.

Diferenças médias existem, sim, mas decorrem de áreas de atuação, tempo de experiência, jornadas e escolhas profissionais, e não de discriminação direta no contracheque, e sim de outros fatores. O resto é discurso político e ideológico…

Hoje, vivemos uma inversão curiosa: o homem másculo, protetor e provedor é frequentemente rotulado como “macho tóxico”.

O sistema, ou quem o controla, prefere homens frágeis, fáceis de dominar. Afinal, é mais simples controlar um beta submisso do que um alfa pronto para defender seu espaço.

Enquanto isso, as mulheres conquistaram liberdade e independência, mas muitas se sentem sobrecarregadas pela necessidade de provar constantemente seu valor, no trabalho, em casa e para si mesmas.

E é aqui que entra a nossa personagem: Andréa, advogada renomada, especialista em contratos internacionais, mãe dedicada e esposa de um homem bom e bem-sucedido.

Uma mulher que conseguiu romper barreiras e chegar onde poucas chegam, rotulada popularmente como uma “mulher empoderada”.

Andréa ama seu trabalho, mas também ama ser mãe. Divide-se entre reuniões com clientes estrangeiros, conferências em outros fusos horários, ações sociais, ajudar o filho com a lição de casa e manter a casa em ordem.

Seu marido, um homem alfa, protetor, orgulhoso de suas conquistas, apoia cada um de seus passos.

Silencioso, compreensivo, ele ajuda onde pode. Mas, sem que percebam, um abismo começa a se abrir entre eles…

Os jantares a dois ficam cada vez mais raros, as conversas, antes ao pé do ouvido, de frente para uma lareira tomando um bom vinho e viram recados rápidos pelo celular.

E aquele toque de mão que causava arrepios já não é mais tão frequente. Andréa é absorvida pelo ritmo frenético, e não percebe que está perdendo o que mais a faz feliz.

Ela não percebe que outra mulher, com tempo e atenção, pode estar se aproximando sorrateiramente do seu marido.

E não é sobre traição, é sobre ausência…

Conclusão

Lembrar-se de que cargos, prêmios e clientes não abraçam na hora da solidão. Que e-mails e mensagens não sorriem para você na porta de casa.

Que sucesso profissional não aquece o coração como um filho no colo ou um olhar cúmplice à mesa do jantar.

A mulher moderna parece ter esquecido que, em sua verdadeira origem, ela também ama ser mãe e dona de casa. Não é uma questão de machismo ou submissão, é uma questão de natureza.

A “guerra dos sexos” talvez nunca termine. Mas, para quem realmente quer vencer, o segredo não está em disputar quem é mais forte, mais livre ou mais importante. Está em entender que homens e mulheres não precisam ser inimigos para serem iguais, e que o verdadeiro poder está no equilíbrio.

No fim, a pergunta que fica para as Andréas da vida e para todos nós é: o que, de fato, é a felicidade para você?

Talvez seja hora de lembrar que não nascemos para competir, mas para completar, amar e procriar e que não há salário, prêmio ou status que substitua um abraço verdadeiro.

Porque, quando ele se perde, nada mais tem valor…

* Fabio L. Borges, jornalista e cronista gaúcho

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