Sexta-feira, 26 de Abril de 2024

Home em foco Holanda entra em ‘lockdown parcial’ e partida pelas Eliminatórias da Copa acontecerá sem público

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A Holanda vai entrar em lockdown parcial durante três semanas a partir deste sábado (13), em uma tentativa de conter o aumento de casos de Covid-19, informou a agência estatal NOS. Eventos públicos estão sendo cancelados, enquanto as partidas de futebol, incluindo o jogo entre da Holanda e Noruega pelas Eliminatórias da Copa, devem ser disputadas com portões fechados na semana que vem.

Novas infecções por coronavírus no país aumentaram rapidamente depois que as medidas de distanciamento social foram abandonadas no fim de setembro e atingiram um recorde diário de 16.300 na última quinta-feira. A nova onda de casos tem pressionado os hospitais em todo o país.

Difícil

“Trazemos uma mensagem difícil, com medidas que atingem a todos”, disse o premiê interino Mark Rutte, em um pronunciamento televisionado. “O vírus está em todos os lugares e precisa ser combatido.”

Entre as medidas anunciadas pelo governo estão:

— cancelamento de eventos
— redução nos horários de cafés e restaurantes
— redução nos horários do comércio e mercado
— eventos privados limitados a 4 pessoas
— Escolas, teatros e cinemas permanecerão abertos.

O país europeu se torna o primeiro do continente a voltar à quarentena após o aumento de casos de Covid-19. A Holanda vem registrando diariamente uma média de 10 mil novos casos de Covid-19, mas a média de mortes se mantém baixa – por volta de 25 a cada dia –, reflexo da alta adesão à vacina.

A Holanda já vacinou cerca de 72,1% de sua população com as duas doses da vacina, segundo levantamento da plataforma Our World In Data .

Confinamento parcial

Na quinta-feira (11), uma comissão de especialistas havia recomendado o confinamento parcial no país. Já era esperado que o gabinete do governo seguisse as definições dos cientistas. O premiê disse que o governo também avalia a possibilidade de que o acesso a locais públicos esteja limitado apenas a pessoas que estão totalmente vacinadas.

O país – que iniciou sua campanha de vacinação em janeiro – anunciou também que irá começar a aplicar doses de reforço da vacina para idosos a partir de dezembro deste ano.

Europa

A Europa voltou a ser o epicentro da pandemia de Covid-19, o que levou alguns países a cogitarem o retorno dos impopulares lockdowns antes do Natal, e ampliou o debate sobre a capacidade de as vacinas sozinhas conseguirem domar o coronavírus.

O continente responde por mais da metade da média mundial de infecções nos últimos sete dias, de acordo com uma contagem da Reuters. O balanço recente representa os níveis mais altos desde abril do ano passado, quando o vírus começou a se alastrar na Itália.

Mortes e hospitalizações, no entanto, estão mais baixas que durante a primeira onda da pandemia no continente. Um sinal do avanço da vacinação.

Cerca de 65% da população do Espaço Econômico Europeu (EEE), que inclui União Europeia, Islândia, Liechtenstein e Noruega, recebeu duas doses, de acordo com dados da UE, mas o ritmo diminuiu nos últimos meses.

A administração de vacinas em países do sul europeu está em cerca de 80%, mas a relutância freia a distribuição no centro e no leste da Europa e na Rússia, causando surtos que podem sobrecarregar os sistemas de saúde.

Alemanha, França e Holanda também testemunham uma disparada de infecções, o que mostra o desafio enfrentado até por governos com índices altos de aceitação e acaba com as esperanças de que as vacinas significarão uma volta a algo parecido com o normal.

As hospitalizações e as mortes estão muito menores do que um ano atrás, e grande variações nacionais no uso de vacinas e medidas como distanciamento social tornam difícil chegar a conclusões a respeito de toda a região.

Relaxamento

Uma combinação de fatores é apontada por virologistas e especialistas de saúde entrevistados pela agência Reuters como prováveis culpados pelo atual momento enfrentado pela Europa:

— baixa vacinação em alguns países
— imunidade em queda entre os primeiros vacinados
— relaxamento com máscaras e distanciamento com o fim das restrições durante o verão

“Se existe uma coisa a se aprender disto, é não abaixar a guarda”, disse Lawrence Young, virologista da Escola de Medicina de Warwick do Reino Unido.

O relatório mais recente da Organização Mundial da Saúde (OMS) para a semana encerrada em 7 de novembro mostrou que a Europa, incluindo a Rússia, foi a única região a registrar um aumento de casos de 7%, enquanto outras áreas relataram declínios ou tendências de estabilização.

De forma semelhante, o relatório apontou um aumento de 10% de mortes no continente, enquanto outras regiões mostraram recuos.

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