Segunda-feira, 30 de Junho de 2025
Por Redação Rádio Pampa | 29 de junho de 2025
O Ministério da Saúde, Bem-Estar e Esportes da Holanda recomendou que os pais restrinjam o tempo dos filhos em redes sociais como Tik Tok e Instagram. Em comunicado, o governo holandês disse que a “recomendação mais importante” é a idade mínima de 15 anos para que os jovens acessem as plataformas.
Na diretriz do ministério, existe a distinção entre aplicativos de mensagens, como WhatsApp, Telegram e Signal, e redes sociais, como YouTube, Instagram e Tik Tok. Para a 1ª categoria, o governo disse que a idade mínima seria de 13 anos.
Segundo as autoridades holandesas, o jovem deve, 1°, aprender a se comunicar por bate-papo para, depois, utilizar as redes sociais. A nota também recomenda certas restrições que os responsáveis podem aplicar para idades específicas, como proibir o uso de telas para menores de 2 anos.
“As mídias sociais podem ser divertidas e conectar [pessoas], mas seu efeito viciante também tem um enorme lado negativo. […] Queremos que as crianças cresçam saudáveis e seguras e apoiamos os pais nisso”, afirmou o Secretário de Estado para a Juventude, Prevenção e Esporte, Vincent Karremans, no comunicado.
Semelhante a outros países, a Holanda também aponta os riscos que telas e redes sociais podem provocar no desenvolvimento de crianças e adolescentes. O país europeu, assim como o Brasil, proibiu o uso de celulares, tablets e smartwatches nas escolas.
O governo brasileiro e o holandês, no entanto, ainda não avançaram em suas legislações com relação às redes sociais. A Austrália foi o 1º país a aprovar a proibição das plataformas para menores de 16 anos.
Uma proibição geral para o uso das redes exigiria colaboração com as plataformas digitais. No caso da Holanda, a legislação contra o uso demasiado deve seguir as diretrizes do DSA (Lei de Serviços Digitais) da UE (União Europeia).
Saúde mental
O grupo de defesa infantil KidsRights alertou para os riscos do uso excessivo das redes, relacionando-o ao aumento de tentativas de suicídio entre jovens. Ainda assim, criticou proibições totais, alegando que podem violar os direitos civis das crianças, como o acesso à informação.
De acordo com o estudo, publicado no dia 11 de junho, uma em cada sete crianças e adolescentes entre 10 e 19 anos sofre com algum desafio relacionamento à saúde mental. A pesquisa foi feita pelo grupo, com sede em Amsterdã, e pela Universidade Erasmus de Roterdã.
Em um comunicado, o fundador e presidente da KidsRights, Marc Dullaert, afirmou que “o relatório deste ano é um alerta que não podemos mais ignorar”.
Ainda segundo ele, a crise de saúde mental entre crianças e adolescentes atingiu um “ponto crítico, exacerbado pela expansão descontrolada de plataformas de mídia social que priorizam o engajamento em detrimento da segurança infantil”.
O estudo também analisou a correlação entre o uso excessivo das redes sociais e a taxa de suicídios entre adolescentes de 15 a 19 anos, que é de 6 por 100.000, citando dados da Organização Mundial da Saúde (OMS).
No Ar: Pampa Na Madrugada