Terça-feira, 28 de Outubro de 2025

Home Política “Homem que bate em mulher não é macho, é covarde”, diz o presidente do Supremo

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O presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Luís Roberto Barroso, afirmou nesta terça-feira (05) que é é preciso conscientizar as pessoas de que “homem que bate em mulher não é macho, é covarde”. O ministro defendeu a realização de campanhas para combater a violência doméstica.

Barroso deu as declarações durante reunião do CNJ (Conselho Nacional de Justiça), colegiado que é presidido pelo magistrado. Ele também citou políticas para promover a igualdade de gênero na Justiça e falou sobre desafios no combate à violência sexual e doméstica.

“Nós temos que fazer uma grande campanha contra a violência doméstica. temos que educar as pessoas, conscientizar as pessoas que homem que bate em mulher não é macho, é covarde. E as pessoas terem essa percepção de que isso não é legítimo, isso não é possível. É cultural e nós temos que mudar essa cultura machista em que todos nós fomos criados”, declarou.

Para marcar a data, o CNJ lançou a campanha “A Justiça Por Todas Elas”. A campanha destaca o foco do Poder Judiciário em relação a demandas deste segmento da população.

Aborto

Barroso citou a luta por direitos sexuais e reprodutivos das mulheres como outro desafio. Disse que é preciso avançar na questão, “na velocidade máxima possível”. Afirmou que o aborto é indesejável, deve ser evitado, mas não é adequado colocar as mulheres na cadeia por isso.

“Há uma luta pendente, mais difícil, que é a luta pelos direitos sexuais e reprodutivos, que nós também temos que ser capazes de avançar, na velocidade máxima possível. E penso que conscientizar a sociedade de que ser contra o aborto, não praticar o aborto, pregar contra o aborto não significa que se deva prender a mulher que tenha passado por esse infortúnio”, afirmou o presidente do STF.

“O aborto é uma coisa indesejável, o aborto deve ser evitado, o papel do Estado é impedir que ele aconteça na medida do possível, dando educação sexual, dando contraceptivos, amparando a mulher que deseje ter o filho. Mas colocá-la na cadeia, se viveu esse infortúnio, não serve para absolutamente nada. É uma má política pública a criminalização”, completou Barroso.

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