Quinta-feira, 18 de Dezembro de 2025

Home Acontece Imunoterapia é aliada no tratamento de câncer de pele, mas prevenção ainda é a melhor prática

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A incidência de câncer de pele continua crescendo em todo o mundo. No Brasil, onde a radiação solar é elevada durante todo o ano, especialistas reforçam a importância da detecção precoce e destacam a imunoterapia como uma importante aliada no tratamento.

A oncologista Caroline Albuquerque, da Oncoclínicas em Porto Alegre, explica que a imunoterapia faz o próprio sistema de defesa da pessoa reconhecer e combater a doença. “No câncer de pele utilizamos anticorpos que bloqueiam o freio do sistema imunológico”, explica. Às vezes, é usada mesmo antes de uma cirurgia. Estudos mostram que, dependendo da resposta observada, o tratamento pode ser modificado mesmo depois da cirurgia, reduzindo o seu tempo de adoção em alguns casos.

No Brasil, a imunoterapia está aprovada para o melanoma, tanto como tratamento adjuvante, após a cirurgia, para reduzir o risco de recidiva, quanto para casos que já se disseminaram ou não conseguem ser operados. Em relação ao carcinoma espinocelular e basocelular (os tipos mais comuns e menos agressivos de câncer de pele), por enquanto, a imunoterapia é indicada para situações em que a doença já está disseminada ou que não pode ser completamente retirada numa cirurgia. A liberação destes tratamentos para as demais situações está em avaliação pelas agências reguladoras.

A oncologista afirma que o tempo de tratamento varia conforme o estágio da doença. Em geral, dura um ano após uma cirurgia que retira toda a doença e dois anos para pacientes com metástases. “A imunoterapia substituiu a quimioterapia no tratamento do câncer de pele por ser mais eficaz, mas não evita a cirurgia”, destaca Caroline. No entanto, ainda não está disponível no Sistema Único de Saúde.

Prevenção é a principal defesa

Mesmo com avanços no tratamento, os especialistas reforçam que a prevenção é o melhor caminho para evitar o desenvolvimento do câncer. “A incidência de câncer de pele está aumentando globalmente principalmente pela maior exposição à radiação UV (ultravioleta), envelhecimento populacional, efeitos das mudanças climáticas que intensificam a radiação ultravioleta, além de melhor rastreamento e diagnóstico que elevam os números detectados”, relata o dermatologista Anthomy Petermann, também da Oncoclínicas em Porto Alegre.

O câncer de pele é o tipo de neoplasia mais frequente no Brasil, correspondendo a cerca de 30% de todos os diagnósticos oncológicos. No Rio Grande do Sul apresenta quase o dobro de incidência quando comparado com outras regiões do país. Enquanto a média nacional é de 101,95 novos casos por 100 mil habitantes/ano, no Estado a estimativa é de 197,54 casos. O dermatologista enfatiza que a forma mais eficaz de prevenção é evitar a exposição direta ao sol (especialmente entre 10h e 16h, quando a radiação UV é mais intensa), e investir em proteção física consistente, como chapéus de aba larga, roupas com proteção UV e óculos escuros adequados. “Embora o protetor solar seja importante, a barreira física e o comportamento de evitar o sol são as medidas mais protetoras. Isso reduz de forma significativa o dano cumulativo à pele e o risco de desenvolver tumores cutâneos ao longo da vida”, observa.

Petermann alerta que práticas de bronzeamento, seja por exposição solar direta ou por cabines/camas de bronzeamento artificial, aumentam a chance de desenvolver câncer de pele. “É importante ressaltar que, segundo a ANVISA, o uso de câmaras de bronzeamento artificial pode aumentar em 75% o risco de desenvolver câncer de pele, especialmente a exposição é em idades mais jovens. Estes equipamentos são proibidos no Brasil”, acrescenta.

O dermatologista também esclarece que embora muitos filtros solares tenham em sua composição ativos vegetais que conferem aos produtos algum benefício adicional à fotoproteção, os óleos vegetais sozinhos não têm poder de proteção solar suficiente e podem inclusive aumentar o risco de queimadura, manchas e até câncer de pele. “Portanto, os óleos vegetais não substituem o filtro solar. Pelo contrário, pioram a exposição”, frisa.

As pessoas podem suspeitar de câncer de pele ao observar qualquer lesão nova ou antiga que se altera, especialmente quando ocorre um crescimento rápido de qualquer lesão. Também é preciso ficar atento às manchas escuras diferentes do padrão habitual, feridas que não cicatrizam, áreas avermelhadas ou rosadas que descamam, nódulos que aumentam, ou lesões que sangram, coçam ou incomodam de forma persistente. Em caso de dúvida, o ideal é procurar um dermatologista para avaliação precoce. Conforme a Sociedade Brasileira de Dermatologia, não há idade mínima para a consulta, pois, reconhecer e compreender as doenças da pele, possibilita o diagnóstico precoce e o tratamento adequado, o que é crucial para prevenir complicações.

Sobre a Oncoclínicas&Co  

A Oncoclínicas&Co, um dos principais grupos dedicados ao tratamento do câncer no Brasil, oferece um modelo hiper especializado e inovador voltado para toda a jornada oncológica do paciente. Presente em mais de 140 unidades em 47 cidades brasileiras, a companhia reúne um corpo clínico formado por mais de 1.700 médicos especializados na linha de cuidado do paciente oncológico. Com a missão de democratizar o acesso à oncologia de excelência, realizou cerca de 693 mil tratamentos nos últimos 12 meses.

Com foco em pesquisa, tecnologia e inovação, a Oncoclínicas segue padrões internacionais de alta qualidade, integrando clínicas ambulatoriais a cancer centers de alta complexidade, potencializando o tratamento com medicina de precisão e genômica. É parceira exclusiva no Brasil do Dana-Farber Cancer Institute, afiliado à Harvard Medical School, e mantém iniciativas globais como a Boston Lighthouse Innovation (EUA) e a participação na MedSir (Espanha).

Integra ainda o índice IDIVERSA da B3, reforçando seu compromisso com a diversidade. Com o objetivo de ampliar sua missão global de vencer o câncer, a Oncoclínicas chegou à Arábia Saudita por meio de uma joint venture com o Grupo Al Faisaliah, levando sua expertise oncológica para um novo continente.

Saiba mais em: www.oncoclinicas.com.

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