Domingo, 23 de Novembro de 2025

Home Política Indicado de Lula para ministro do Supremo, Jorge Messias tem cenário desafiador para aprovação de seu nome no Senado

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Indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para a vaga de Luiz Roberto Barroso no Supremo Tribunal Federal (STF), o advogado-geral da União, Jorge Messias tem pela frente uma série de desafios para poder vestir a toga da mais alta instância da Justiça brasileira. O primeiro teste é na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, onde o aguarda uma sabatina antes da votação pelos 27 parlamentares do colegiado.

Messias precisa de 14 dos 27 votos da CCJ para seguir ao plenário do Senado, onde é necessário o apoio de ao menos 41 dos 81 votos. A recente aprovação do procurador-geral da República, Paulo Gonet, com o placar apertado de 45 votos no plenário, ligou o alerta vermelho no governo de que o chefe da AGU deve sofrer ainda mais resistência.

Um levantamento realizado pelo jornal “O Estado de S. Paulo” junto a integrantes do grupo mostra que o candidato não começa com vantagem na disputa. Nas primeiras horas após a escolha, semana passada, apenas quatro senadores declararam voto em Messias, enquanto três se manifestaram contra sua ida para a Corte máxima. Outros cinco se disseram indecisos ou preferiram não responder.

Isso sugere que Messias precisará sensibilizar até mesmo membros da base do governo em seu “beija-mão” – jargão para a busca por apadrinhamento de autoridades. Os demais membros da CCJ não haviam respondido ao contato do periódico até esse sábado (22).

O descontentamento com o nome escolhido por Lula tem sido notado até mesmo entre senadores do Centrão que integram a base governista. Otto Alencar (PSD-BA), aliado de longa data do governo, optou por não se manifestar. “Só me pronuncio na CCJ ou no plenário”, frisou ao “Estadão”.

Outro parlamentar próximo ao governo que se diz indeciso é Eduardo Braga (MDB-AM), líder do MDB no Senado. “Ainda não reuni a bancada do MDB. Eu vou ouvir a bancada primeiro. Eu sou líder de uma bancada com 11 senadores”, afirmou.

Resistência

Messias – que completará 46 anos em fevereiro – inicia a sua campanha ao STF com uma forte resistência de caciques do Centrão que, sob o comando do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), esperavam a indicação do senador e ex-presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).

O nome do político mineiro era amplamente defendido pelo presidente do Senado, por líderes do Centrão e até pelo ministro do STF Gilmar Mendes.

Alcolumbre tem sinalizado ao governo que Messias encontrará um cenário desfavorável no Senado. Como mostrou o Estadão, o presidente do Congresso apresentou a Lula um mapa de votos a favor e contra o ministro no plenário que indicava rejeição ao seu nome.

Uma demonstração do descontentamento dos líderes do Centrão foi a retaliação imediata de Alcolumbre à decisão de Lula ao colocar em votação na próxima terça-feira a pauta bomba de efetivação e aposentadoria de agentes de saúde, cujo custo pode variar entre R$ 5 e R$ 21 bilhões a serem pagos exclusivamente pelo governo federal, que tem feito ginástica para equilibrar as contas públicas.

Apesar das resistências, o chefe da AGU recebeu sinalizações de que pode obter votos inclusive entre senadores de oposição ao governo. Procurados, Espiridião Amin (PP-SC) e Oriovisto Guimarães (PSDB-PR) se disseram indecisos sobre os seus votos. “Eu nem comecei a pensar ainda. Vou conversar com os meus parceiros. Ainda não tenho posição definida”, afirmou Amin. (com informações de O Estado de S. Paulo)

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