Sexta-feira, 16 de Maio de 2025
Por Redação Rádio Pampa | 16 de maio de 2025
O roubo aos aposentados do INSS coincide com o aniversário de 11 anos da Operação Lava Jato, em 2014, que revelou ao mundo um dos maiores escândalos de corrupção da História e resultou na condenação de Lula (PT) à prisão por corrupção e lavagem de dinheiro, confirmada em três instâncias da Justiça. As coincidências não param por aí. Como no Mensalão, escândalo de compra de votos no Congresso, o roubo no INSS foi revelado 28 meses após a posse do governo Lula.
Recordar é viver
O primeiro governo Lula começou em 1º de janeiro de 2003 e, prestes a completar 28 meses, surgiu a denúncia do suborno a parlamentares.
Com Dilma, ano 3
O padrão pôde ser observado também na Lava Jato, mas a corrupção seria denunciada só em março de 2014, terceiro ano do governo Dilma.
Quem pagou o pato
Lula escapou no Mensalão alegando que “não sabia” da corrupção no governo. Sobrou para José Dirceu, braço direito e chefe da Casa Civil.
Descondenação
Na Lava Jato, Lula jurou que “não sabia”, claro, mas havia provas. O STF o descondenou alegando que deveria ter sido julgado no DF.
INSS: Governo pagou viagens de assessor de Motta
O governo federal bancou 49 viagens ao ex-diretor da confederação de “agricultores e empreendedores familiares” (Conafer), suspeita de se beneficiar do roubo aos aposentados, Jerônimo Arlindo. Conhecido como Júnior do Peixe, ele foi assessor do presidente da Câmara, Hugo Motta (Rep-PB), ganhou uma boquinha no governo de Dilma Rousseff e em janeiro de 2014 desfrutou do primeiro voo. Foi para seu Estado, a Paraíba. Passados quatro dias, Júnior do Peixe carimbou outra viagem.
Coisa estranha
Mesmo na mira da PF, a AGU livrou a Conafer do pedido de bloqueio de bens. O sindicato do irmão do Lula, Sindnapi, também ficou de fora.
Foi uma farra
O ex-diretor da Conafer deitou e rolou: 31 viagens em 2014. Uma para Bahia, outra para o DF e todo o restante para Paraíba de Motta.
Tudo na faixa
Em 2015, com as passagens bancadas pelo Ministério da Pesca, foram mais 11 viagens. Teve até uma com Lula no poder, em agosto de 2023.
Fonte secou
Na gestão de Jair Bolsonaro, a moleza acabou para Júnior do Peixe. Não há registro de viagens bancadas pelo governo entre 2019 e 2022.
Uma mulher na CBF
A destituição judicial de Ednaldo Rodrigues reabre a chance de Michelle Ramalho, reeleita por aclamação presidente da Federação Paraibana de Futebol, ser a primeira mulher a chefiar a CBF.
Disparou
Só cresce a lista de parlamentares que apoiam a CPMI do roubo do INSS. Última atualização somou 230 deputados e 39 senadores. Para instalação, é preciso assinaturas de 27 senadores e 171 deputados.
Golpe à vista
O presidente do Senado sinaliza o golpe que o antecessor aplicou na CPI da Covid: Rodrigo Pacheco entregou a presidência, a relatoria e a maioria à esquerda, que não queria investigar o “consórcio Nordeste”. Assim como hoje quer blindar entidades que roubaram os aposentados.
Ouvidos moucos
Para o senador Eduardo Girão (Novo-CE), o caos na segurança do Ceará exige intervenção federal, que já pediu ao governo Lula. “Mas está adormecida lá na Presidência, que não tomou nenhuma medida.”
Longe dos capixabas
Sem pisar no Espírito Santo desde dezembro de 2023, Lula deu mais um bolo nos capixabas. Agenda prevista para esta sexta-feira (16) foi cancelada. A desculpa foi a morte do uruguaio Pepe Mujica.
Quem assume
Confirmada a cassação do mandato da deputada Carla Zambelli (PL-SP) no Supremo, quem assume é o suplente Coronel Tadeu (PL). Ele foi eleito em 2018, mas está fora da Câmara desde 2022.
Inês é morta
Finalmente a CPMI do roubo aos aposentados viu uma assinatura do PT. Já com parlamentares de sobra para instalar a comissão, o senador Fabiano Contarato (ES) resolveu apoiar a investigação.
Pensando bem…
…governistas controlando CPI é como o PCC chefiar as investigações dos próprios crimes.
PODER SEM PUDOR
Vaia é aplauso?
Autor de algumas das melhores frases da história política brasileira, o saudoso ex-ministro da Justiça e ex-deputado Fernando Lyra considerava memorável a reação do ex-senador e ex-ministro Roberto Campos, ao ser vaiado por esquerdistas, após uma palestra, no Rio de Janeiro: “A vaia é o aplauso daqueles que não concordaram”.
(Com Rodrigo Vilela e Tiago Vasconcelos – Instagram: @diariodopoder)
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