Sexta-feira, 07 de Novembro de 2025
Por Redação Rádio Pampa | 13 de setembro de 2023
Irritados com a nova composição ministerial do governo Lula, integrantes da base lançaram a seguinte reflexão nesta quarta-feira, 13, em Brasília: se Javier Milei ganhar a eleição na Argentina, existe chance de ele oferecer um ministério para os peronistas?
O paralelo traçado com o País vizinho foi usado para criticar especialmente a posse do novo ministro do Esporte, André Fufuca (PP-MA), que entrou no governo mas carrega na bagagem funções de confiança ao lado de Jair Bolsonaro, Ciro Nogueira e Eduardo Cunha, por exemplo. Fufuca foi indicado pelo Centrão para representar o bloco partidário na Esplanada, o que acabou derrubando a ex-atleta da seleção brasileira de vôlei Ana Moser do cargo.
Interlocutores do PSB, PSol e PT, falam abertamente que a esquerda até abraça a chegada de Silvio Costa Filho, no Ministério dos Portos e Aeroportos, apesar de ele ser do partido do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas. Afinal, Silvinho, como é chamado em Brasília, fez campanha para Lula. Seu pai, o ex-deputado Silvio Costa, foi vice-líder do governo Dilma. Agora, a rejeição a Fufuca continua e o clima de desconfiança também.
Trajetória política
O ministro André Fufuca (PP-MA) tem a sua trajetória política marcada por ações que contrariaram posicionamentos do presidente Lula e do PT. Ele foi vice-líder do governo Bolsonaro, é afilhado político de primeira ordem de um dos maiores críticos do atual governo, o ex-ministro da Casa Civil Ciro Nogueira, que costuma dizer: “Fufuca é como um filho”. Não bastasse isso, Fufuca integrou da tropa de choque do ex-deputado Eduardo Cunha em pleno processo de cassação de Dilma Rousseff.
Fufuca era o líder do PP na Câmara dos Deputados, o mesmo partido do presidente da Casa, Arthur Lira (AL). Nos dois turnos da votação do texto-base da reforma tributária, uma agenda de grande importância ao governo federal, o deputado votou a favor da aprovação do projeto.
Fato é que o presidente Lula da Silva já havia invertido a lógica da composição ministerial ao receber primeiro os nomes para depois decidir as pastas. Agora, ele ignora que o eleitor disse nas urnas, em outubro passado, quem gostaria que ficasse na oposição ou no governo.