Segunda-feira, 29 de Setembro de 2025

Home Tecnologia Inteligência artificial deve tornar o smartphone obsoleto; saiba o que virá depois

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Quando foi lançado no longínquo ano de 2007, o iPhone original entrou para a História ao mudar a maneira como nós lidamos com os celulares — e a tecnologia em geral.

O dispositivo móvel, com tela de toque, entrou no cotidiano de todos. E revolucionou a indústria de tecnologia. Agora, com o advento da inteligência artificial, muitos dos principais executivos de big techs acreditam que uma nova mudança radical está em curso — e que ela pode, um dia, tornar o smartphone, como o conhecemos, ultrapassado.

Assistentes modernos de inteligência artificial, muito mais capazes e flexíveis do que os desajeitados assistentes de voz como a Siri, estão prestes a se tornar o sistema operacional central de todos os nossos dispositivos de computação pessoal, superando em importância o software dos smartphones, segundo especialistas.

Aplicativos e suas interfaces sofisticadas perderão relevância quando assistentes de IA passarem a usar os dispositivos em nosso lugar, executando automaticamente tarefas como marcar encontros com amigos, gerar listas de compras e fazer anotações em reuniões. Isso nos pouparia da necessidade de deslizar por menus de software e digitar em teclados.

“O sistema operacional com o qual você está acostumado a trabalhar no celular e os aplicativos que você abre, a forma como você realmente faz as coisas, vai começar a desaparecer em segundo plano, e seu assistente é que passará a fazer as coisas por você”, explica Alex Katouzian, executivo responsável por produtos móveis na Qualcomm, que fabrica chips para iPhones e aparelhos Android.

E em um futuro próximo (não amanhã), o hardware do smartphone poderá até ser sucedido — embora não substituído — por um novo e fundamental dispositivo de computação pessoal. Um par de óculos com IA ou uma pulseira, por exemplo, seriam conscientes do ambiente ao redor, e o assistente passaria a coexistir conosco para oferecer ajuda ao longo do dia, preveem alguns executivos do setor.

Toda grande empresa de tecnologia está pensando nessa pergunta bilionária: o que vem depois do smartphone? Eis algumas previsões de atuais e ex-funcionários de gigantes como Apple, Google, Samsung Electronics, Amazon e Meta.

* O que vem depois do smartphone?

Há décadas, tecnólogos sonham que um par de óculos com telas digitais embutidas nas lentes possa oferecer às pessoas informações em tempo real sobre as pessoas e lugares que enxergam. Um assistente de IA teria papel central nesse dispositivo, permitindo ao usuário pedir ajuda apenas falando, como se fosse com um amigo.

A Meta deu um passo agressivo em direção a esse sonho no ano passado. Uma atualização de software dos óculos inteligentes Ray-Ban Meta — que incluem câmera, alto-falantes e microfone — trouxe o assistente Meta AI para o acessório, permitindo que usuários fizessem perguntas sobre o que estavam vendo, de animais em zoológicos a pontos turísticos históricos.

Também no ano passado, a empresa revelou o Orion, protótipo de óculos com telas embutidas na armação — para que o usuário pudesse, por exemplo, consultar informações como anotações digitais enquanto conversa em uma reunião. Neste ano, o Google apresentou um protótipo parecido, equipado com seu assistente Gemini.

* Computador ambiente

Por mais dependentes que nos tornamos dos smartphones, eles podem ser uma distração, porque estamos constantemente sendo bombardeados por notificações de diferentes aplicativos. Panos Panay, chefe de dispositivos da Amazon, previu que assistentes de IA aumentariam a importância dos computadores ambientes, que incluem alto-falantes e telas equipados com microfone espalhados pela casa e gadgets usados no corpo — uma categoria de produtos que a Amazon vem desenvolvendo há mais de uma década com a linha Echo.

Como a tecnologia de IA torna possível ter conversas fluidas com novos assistentes, como o Alexa+, que a Amazon começou a lançar este ano, ela permitirá que as pessoas realizem certas tarefas com mais facilidade do que usando o telefone.

Um exemplo dado por Panay em uma entrevista: perguntar a um assistente de IA a resposta para uma pergunta durante um jantar, permitindo que todos permaneçam focados na conversa sem olhar para uma tela.

* Smartwatch “reimaginado”

“Uma coisa de Inspector Gadget, onde você levanta a tampa. Então você pode usar a câmera para chamadas de vídeo no pulso” — Carl Pei, CEO da empresa de smartphones Nothing, descrevendo uma futura câmera de smartwatch.

Ainda na primavera, Pei acreditava que o dispositivo do futuro seria o smartphone. Mas, com o avanço da IA, ele mudou de ideia. Agora, ele acredita que é necessário ter um dispositivo de IA coletando informações sobre o ambiente das pessoas enquanto seus smartphones estão no bolso — o que ele chama de “o smartwatch reimaginado”.

Por quê? O smartwatch, popularizado pelo Apple Watch, é familiar. Mais de 100 milhões são vendidos a cada ano. Ele é discreto. Fica no pulso, não no rosto. E está sempre presente.

A IA tornaria o sistema operacional de cada relógio único. Para entusiastas de fitness, ele rastrearia automaticamente suas atividades. Para empreendedores focados no trabalho, como Pei, ele automatizaria agendas e outras tarefas. (Com informações do NYT)

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