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Por Redação Rádio Pampa | 26 de dezembro de 2022
O preço dos relógios Rolex no mercado secundário disparou durante os primeiros meses de 2022, antes de cair na segunda metade do ano. Em março, o modelo Daytona usado chegou a R$ 250 mil. Agora, está em torno de R$ 154 mil. No entanto, apesar de ter abaixado, o valor do Rolex como investimento superou outros ativos como o ouro e o mercado de ações na última década, de acordo com o WatchCharts.
Aproximadamente 25% das pesquisas no Chrono24, site de venda de relógios de luxo, são relacionadas à Rolex, segundo levantamento interno. Cerca de 14% das vendas da plataforma vêm dos relógios da marca e 80% deles são usados.
Ainda de acordo com os dados do site, o aumento dramático nos preços afetou principalmente o que são consideradas as “três gloriosas” marcas: Rolex, Patek Philippe e Audemars Piguet.
“Os Rolexes têm sido um bom investimento ao longo dos anos, mas não como nos últimos cinco”, disse Paul Altieri, CEO do mercado de revenda de relógios on-line Bob’s Watches, em fevereiro, em entrevista concedida ao portal Insider.
Uma das razões para o rápido aumento dos preços do Rolex nos últimos anos é a oferta. O Rolex fabrica cerca de 800 mil relógios por ano, o que fica muito abaixo da sua demanda e, consequentemente, leva a um robusto mercado secundário de relógios usados.
Em fevereiro de 2022, o preço médio do Rolex era superior a R$ 67 mil, quase três vezes a média de 2011, de R$ 25 mil. “Antes dele sair da loja vale o dobro ou o triplo do que você pagou”, disse Altieri.
Neste mês de dezembro, o Rolex lançou seu próprio programa de certificado de segunda mão.
“O novo programa possibilita a compra de relógios usados que a própria marca certificou e garantiu. Seu objetivo é agregar valor à oferta existente de relógios Rolex usados. Porque quando esses relógios mudam de mãos, sua autenticidade deve ser atestada no momento da revenda pelos revendedores oficiais”, observou o Rolex em comunicado.
O valor total atual do mercado de relógios de luxo usados é estimado em mais de R$ 100 bilhões, de acordo com um relatório da empresa de consultoria McKinsey, e deve chegar a quase R$ 150 bilhões até 2025.
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