Sábado, 17 de Maio de 2025
Por Redação Rádio Pampa | 17 de maio de 2025
Israel e o grupo Hamas retomaram as negociações por um acordo de cessar-fogo na Faixa de Gaza neste sábado (17) em Doha, no Catar, segundo representantes de ambos os lados.
Ao longo da última semana, as forças israelenses intensificaram os bombardeios no enclave palestino. Mais de 240 pessoas morreram nos últimos quatro dias, segundo a defesa civil de Gaza, que é controlada pelo Hamas.
Segundo as autoridades de saúde palestinas, ainda há centenas de feridos em hospitais da região e um número desconhecido de pessoas sob escombros.
Os disparos israelenses que aconteceram desde quinta-feira (15) representam uma das fases mais mortais de bombardeios desde o fim da trégua em março. Os ataques mais recentes ocorreram após o presidente dos EUA, Donald Trump, encerrar sua viagem ao Oriente Médio na sexta-feira (16), sem nenhum progresso aparente em direção a um novo cessar-fogo. Ele não incluiu o país de Benjamin Netanyahu em seu roteiro.
“Desde a meia-noite, recebemos 58 mártires, enquanto um grande número de vítimas permanece sob os escombros. A situação dentro do hospital é catastrófica”, disse o diretor do Hospital Indonésio no norte de Gaza, Marwan Al-Sultan.
Autoridades de saúde locais disseram que 459 pessoas ficaram feridas em ataques israelenses no último dia. Taher Al-Nono, assessor de imprensa do comando do Hamas, disse à agência de notícias Reuters que a nova rodada de negociações com a delegação israelense discute interesses “sem pré-condições”.
“A delegação do Hamas estabeleceu a posição do grupo e a necessidade de acabar com a guerra, trocar prisioneiros, a retirada israelense de Gaza e permitir que a ajuda humanitária para o povo de Gaza volte à faixa”, afirmou.
O Ministro da Defesa de Israel, Israel Katz, também confirmou em nota a retomada de negociações sobre um acordo para libertação dos reféns israelenses mantidos pelo Hamas.
O governo israelense suspendeu a entrega de todos os suprimentos que entravam em Gaza no início de março, o que levou a uma crescente preocupação internacional com a situação dos 2,3 milhões de habitantes do enclave.
O exército israelense disse no sábado (17) que estava conduzindo ataques abrangentes e mobilizando tropas como parte dos preparativos para expandir as operações na Faixa de Gaza e obter “controle operacional” em áreas do enclave palestino.
O sistema de saúde de Gaza está quase inoperante, com hospitais atingidos repetidamente pelo exército israelense durante a guerra de 19 meses e suprimentos médicos acabando à medida que Israel intensifica o bloqueio desde março.
A escalada, que inclui o aumento de forças blindadas ao longo da fronteira, faz parte dos estágios iniciais da ‘Operação Carroças de Gideão’, que, segundo Israel, tem como objetivo derrotar o Hamas e recuperar seus reféns.
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