Terça-feira, 04 de Novembro de 2025

Home em foco Itália tem mais 63.815 casos e 133 mortes por covid

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A Itália registrou neste sábado (16) mais 63.815 casos e 133 mortes na pandemia de Covid-19, elevando os totais de contágios e óbitos para 15.659.835 e 161.602, respectivamente. O novo boletim do Ministério da Saúde aponta a 17ª queda consecutiva na média móvel de infecções relativa a sete dias, chegando a 59.660, redução de 14% na comparação com duas semanas atrás.

Já a média móvel de mortes oscilou de 132 na sexta-feira (15) para 135 neste sábado, redução de 2% em relação há 14 dias. A Itália contabiliza 1.221.338 casos ativos e tem pouco mais de 81% de sua população com o primeiro ciclo de vacinação contra a Covid concluído, enquanto 66% das pessoas tomaram a dose de reforço.

Livro

Com reviravoltas que nem só livros relatam, a vida de Rosicler Beltrame Caleffi, de 53 anos, passou por um momento curioso em janeiro de 2020, quando decidiu partir para a simpática e pequena cidade de Mammola, na Província da Calábria, no Sul da Itália.

Se a programação contava apenas com uma rápida passagem com o intuito de expandir conversas sobre negócios e conhecer a história de sua família naquela região, Rosicler encarou de frente o início da pandemia do novo coronavírus, que atingiu fortemente a Itália naquela época, deixando a escritora por cerca de cinco meses ali, tempo que está relatado no livro “Coronavírus na Itália: eu estava lá”, escrito em 778 páginas relatando de perto a maior crise sanitária do mundo.

Natural de Vitorino, no Paraná, Rosicler mora em Sinop, no Mato Grosso, há 8 anos, é casada há 20 anos e tem três filhos. Empresária, ela programou a viagem com a expectativa de conversar com fornecedores, além de conhecer a cidade, mas tudo mudou quando a até então desconhecida doença chegou.

“Decidi ir à Itália pesquisar sobre os meus antepassados e também para fazer contatos profissionais com fornecedores, já que tenho uma empresa que importa da Alemanha e Itália”. Fui em janeiro para lá, logo a covid saiu de Wuhan (China) e veio para Itália e ninguém sabia do que se tratava”, contou.

Um dos planos da viagem, era escrever sobre o empreendedorismo, mas com a intensa devastação da doença pelo país, Rosicler ficou sem qualquer motivação para escrever sobre aquele tema. “Eu tinha ido para lá para escrever sobre mulheres empreendedoras. Mas perdi a esperança de escrever sobre porque o noticiário e toda mídia era sobre a covid. Foi um caos, era Exército carregando corpos, fechou cemitério e crematório. Não tinha mais onde enterrar gente. As pessoas ficavam com corpos em casa. A vigilância sanitária tinha que buscar. Eram drones para todo lado e para sair de casa precisava de autorização. Era para eu ficar 30 dias e eu fiquei cinco meses”, descreveu.

Com tudo fechado, a escritora revelou que não tinha parentes e ficou hospedada com a modelo Daiane Meneghel durante os cinco meses. “Eu fiquei sozinha na casa com uma brasileira, modelo em São Paulo”. “A experiência ao mesmo tempo que foi terrível foi fascinante. O povo italiano é muito acolhedor. Eu contratei uma equipe de assessores para me ajudar lá, pois eu não falava a língua. Porém por causa da covid eles me deixaram na mão e nem no aeroporto foram me buscar.”

Com dificuldades para escrever sobre o tema que havia planejado, Rosicler foi aconselhada, pela irmã, a contar a experiência vivida em meio à crise. “Como eu não conseguia mais escrever sobre mulheres empreendedoras, eu pedi a Deus que me desse uma luz. Deus falou comigo através da minha irmã. Ela me pediu como estava a obra e eu falei que estava parada. Ela disse para mim acho que você está no lugar certo e no foco errado. Foi quando eu falei que não ia mudar o foco, porque o livro já estava com 100 páginas e eu nem sabia por onde começar.”

Depois de cinco meses na cidade italiana, Rosicler voltou ao Brasil em maio de 2021 e terminou de escrever o livro no ano passado. A obra que está publicada desde dezembro, no Brasil, deverá ser lançada em setembro na Itália a pedido do prefeito da cidade. “Primeiro eu preciso traduzir esse livro para o italiano. O prefeito quer fazer uma noite de autógrafo lá na prefeitura. Estou atrás de um tradutor. Vou voltar em setembro, ficarei uns 15 dias e irei levar meu esposo para conhecer aquele povo maravilhoso que me ajudou”, finalizou.

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