Terça-feira, 26 de Agosto de 2025

Home Política Itamaraty diz que o ministro da Defesa israelense profere “ofensas inaceitáveis” e pede apuração sobre a morte de jornalistas em Gaza

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O MRE (Ministério das Relações Exteriores) classificou como “ofensas, inverdades e grosserias inaceitáveis” declarações do ministro da Defesa de Israel, Israel Katz, sobre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Nesta terça-feira (26) Katz chamou Lula de antissemita “apoiador do [grupo terrorista] Hamas” e o associou ao líder supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei. “O Ministro da Defesa e ex-chanceler israelense, Israel Katz, voltou a proferir ofensas, inverdades e grosserias inaceitáveis contra o Brasil e o Presidente Lula”, diz o texto publicado pelo Itamaraty em uma rede social.

O MRE também disse esperar de Katz “em vez de habituais mentiras e agressões, que assuma responsabilidade e apure a verdade sobre o ataque de segunda-feira (25) contra o hospital Nasser, em Gaza, que provocou a morte de ao menos 20 palestinos, incluindo pacientes, jornalistas e trabalhadores humanitários.”

O Itamaraty completou a manifestação – publicada em uma rede social – destacando o número de mortes de palestinos nas operações militares israelenses em Gaza e lembrando que Israel é investigado pela Corte Internacional de Justiça por possível “violação da Convenção para a Prevenção e Punição do Crime de Genocídio.”

“Temos a continuidade do genocídio na Faixa de Gaza, que não para, todo dia mais gente morre”, declarou Lula. As relações diplomáticas entre os países seguem tensas. Na segunda-feira, o Ministério das Relações Exteriores de Israel anunciou que vai “rebaixar” as relações com o Brasil após o Itamaraty ter ignorado a indicação de um novo embaixador.

Indicado ao cargo em janeiro, o diplomata Gali Dagan nunca recebeu o chamado “agrément”, uma autorização que teria de ser dada pelo Brasil para que ele atuasse como embaixador.

Na prática, o governo não recusou o agrément, mas deixou o pedido sem resposta – o que é normalmente tratado como uma recusa. Na segunda, o governo israelense retirou a indicação e informou que não enviaria um novo nome.

O assessor da Presidência e ex-chanceler Celso Amorim diz que a atitude brasileira é uma resposta ao tratamento recebido pelo representante em Tel Aviv, alvo de “humilhação pública” em 2024.

“Não houve veto. Pediram um agrément e não demos. Não respondemos. Simplesmente não demos. Eles entenderam e desistiram. Eles humilharam nosso embaixador lá, uma humilhação pública. Depois daquilo, o que eles queriam?”, disse Amorim.

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