Sexta-feira, 15 de Agosto de 2025
Por Redação Rádio Pampa | 14 de agosto de 2025
A primeira-dama Janja da Silva participou de um encontro em Salvador nessa quinta-feira (14) para se reunir com mulheres evangélicas. A agenda fez parte de uma iniciativa voltada ao diálogo com segmentos da sociedade que demonstram maior resistência ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, especialmente no meio religioso evangélico.
As reuniões aconteceram em bairros periféricos da capital baiana, com o objetivo de ouvir diretamente essas mulheres e construir pontes com esse público. Havia também uma previsão de realização de um evento semelhante em Manaus (AM), mas o encontro acabou sendo cancelado por motivos não divulgados.
Em Salvador, Janja contou com a companhia das ministras da Cultura, Margareth Menezes, e da Igualdade Racial, Anielle Franco, além da primeira-dama da Bahia, Tatiana Velloso. Também esteve presente Nilza Valéria Zacharias, coordenadora da Frente de Evangélicos pelo Estado de Direito, que tem sido uma interlocutora importante na construção desse diálogo com o segmento evangélico. Ainda está em discussão a possibilidade de um novo encontro entre Janja e mulheres religiosas durante a realização da COP30, marcada para novembro em Belém (PA).
Aproximação
O movimento de aproximação com o público evangélico começou no início de julho, com uma reunião realizada na Igreja Batista de São Cristóvão, no Rio de Janeiro. Na ocasião, cerca de 100 mulheres evangélicas, vindas tanto da Região Metropolitana quanto do interior do estado, participaram do evento. Essa primeira atividade ocorreu por iniciativa direta de Janja, que passou a considerar o diálogo com mulheres religiosas como uma das prioridades de sua atuação no segundo semestre de 2025.
A estratégia traçada prevê, nesta fase inicial, pelo menos uma reunião em cada região do País. Até o momento, os encontros já ocorreram no Sudeste, Nordeste e Norte. A sequência do planejamento inclui reuniões no Sul e no Centro-Oeste, justamente as duas regiões onde o governo Lula enfrenta maior resistência por parte de setores conservadores.
Esses encontros funcionam como espaços de escuta e troca, nos quais as mulheres podem expressar suas vivências e apresentar demandas voltadas a políticas públicas que considerem mais adequadas às suas realidades. Embora católica, Janja tem se posicionado de forma aberta ao diálogo inter-religioso, participando ativamente das conversas e respondendo perguntas de forma direta.
“O mundo evangélico é extremamente diverso e essas mulheres integram redes da sociedade, sem uma identidade única. E isso é importante cada vez mais que o governo compreenda e a primeira-dama cada vez mais tem compreendido. Nenhuma mulher é apenas evangélica”, afirma Nilza Valéria Zacharias. (Com informações do jornal O Globo)
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