Quinta-feira, 03 de Julho de 2025
Por Redação Rádio Pampa | 3 de julho de 2025
Durante seu discurso na Cúpula do Mercosul em Buenos Aires, nesta quinta-feira (3), o presidente Javier Milei enfatizou a necessidade urgente de combater o crime organizado transnacional na região. O líder argentino descreveu o problema como um “câncer” que ameaça todos os países do bloco econômico.
Milei anunciou um avanço significativo nessa direção: “Hoje posso anunciar que demos um grande passo, tanto na recente reunião dos nossos ministros da Segurança Interna, como na Declaração Conjunta do Fórum de Consulta Política no Mercosul, para criar essa agência tão necessária ao longo deste ano.”
O presidente argentino alertou sobre a expansão de facções criminosas brasileiras para outros países do Mercosul: “O Primeiro Comando da Capital e o Comando Vermelho se estenderam por todo o Mercosul. E se isso acontecer, toda a região estará em perigo e será impossível reivindicar a partir do país de origem”.
Segurança
Milei encerrou sua presidência para o tempore do Mercosul passando o bastão para o Brasil, com um apelo para a continuidade da luta contra o crime organizado: “Deixo o compromisso para a próxima presidência a cargo do Brasil, que continuemos lutando no Mercosul, trazendo as ferramentas necessárias para combater o crime transnacional organizado.”
Além da questão da segurança, o líder argentino abordou outros temas sensíveis, como a situação na Venezuela. Ele expressou preocupação com as detenções ilegais no país e exigiu a libertação dos presos políticos, em particular de um policial argentino.
Milei também destacou a importância de acelerar a abertura comercial entre os países-membros do Mercosul, adaptando-a às necessidades atuais dos povos da região. Ele criticou a burocracia excessiva, afirmando que “o custo da oportunidade nunca é pago pelo burocrata e sim pelos empresários e, por extensão, os trabalhadores.”
O discurso de Milei na Cúpula do Mercosul reflete uma postura assertiva em relação aos desafios enfrentados pelo bloco econômico, com ênfase na segurança regional e na eficiência econômica. A proposta de criação de uma agência específica para combater o crime organizado representa um novo capítulo na cooperação entre os países-membros, visando fortalecer a estabilidade e o desenvolvimento da região.
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