Quinta-feira, 06 de Novembro de 2025

Home Brasil João de Deus é condenado a mais 99 anos de prisão por crimes sexuais

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A Justiça do Estado de Goiás condenou, nesta segunda-feira (10), o autointitulado médium João Teixeira de Faria, conhecido como João de Deus, a 99 anos de prisão pelos crimes de estupro de vulnerável e de violação sexual mediante fraude.

As sentenças foram proferidas pelo juiz Marcos Boechat Lopes Filho e envolvem oito vítimas que relataram abusos sofridos entre os anos de 2010 e 2018, durante atendimentos espirituais na Casa Dom Inácio de Loyola, em Abadiânia, interior de Goiás. Pela decisão, João de Deus ainda terá que pagar às vítimas R$ 100 mil por danos morais. Mesmo com a condenação para o regime fechado, o condenado segue em prisão domiciliar em Anapólis (GO).

Segundo o Tribunal de Justiça de Goiás, João Teixeira de Faria já foi condenado a 370 anos de prisão. Quatro processos que ainda estão em andamento podem aumentar a pena. Em um dos processos, que está relacionado a denúncias entre 2009 e 2011, as acusações foram arquivadas porque os crimes prescreveram. Entretanto cabe recurso em todos os casos.

O advogado de defesa, Anderson Van Gualberto de Mendonça, explicou que “a defesa técnica ainda não foi intimada” e que as sentenças poderão ser modificadas em tribunais superiores.

“Caso essa nova sentença adote a metodologia anterior, que está fadada a reforma pelos tribunais superiores, uma vez que estão em desacordo com a nossa legislação penal, a defesa aguardará ser intimada para recorrer”, informou.

Agora ainda restam quatro processos a serem julgados contra ele. Desde a primeiras denúncias, o Ministério Público recebeu queixas de 320 mulheres, que relataram abusos sexuais cometidos pelo ex-médium entre os anos de 1973 e 2018, muitos deles prescritos.

As denúncias contra João Teixeira de Faria, popularmente conhecido como João de Deus, vieram à tona no dia 7 de dezembro de 2018, quando mulheres deram entrevistas ao programa Conversa com Bial, da TV Globo. Elas declararam durante a atração que foram abusadas sexualmente pelo idoso durante atendimentos espirituais na casa Dom Inácio de Loyola, em Abadiânia (GO). João de Deus foi preso no dia 16 de dezembro daquele ano.

Um ano depois, o Ministério Público de Goiás (MP-GO) apresentou nove denúncias contra o médium, nas quais ele é acusado de crimes como estupro de vulnerável e violação sexual. Conforme o MP, os crimes ocorreram pelo menos desde 1990, sendo interrompidos em 2018, quando as primeiras denúncias foram divulgadas pela imprensa.

Além das condenações por crimes sexuais, João de Deus também foi condenado a três anos de reclusão por posse irregular de arma de fogo de uso permitido e por posse irregular de arma de fogo de uso restrito.

 

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