Sexta-feira, 01 de Agosto de 2025
Por Redação Rádio Pampa | 1 de agosto de 2025
O Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS) denunciou à Justiça um casal de influenciadores digitais de Canoas (Região Metropolitana de Porto Alegre) por lavagem de dinheiro, exploração de jogos de azar e associação criminosa. Após prisão em 5 de junho, no âmbito de novas apurações, o promotor de Justiça Tiago Moreira – responsável pela denúncia – pediu o cancelamento de um acordo de não persecução penal (ANPP) que estava em tratativas com os investigados.
Outras quatro pessoas também foram denunciadas pelo MPRS por associação criminosa, sendo que três delas respondem ainda por lavagem de dinheiro e duas por jogos de azar. A denúncia foi oferecida à Justiça no final de junho. De acordo com o promotor, o casal e os outros integrantes do esquema utilizavam rifas virtuais como fachada para movimentações financeiras suspeitas e atividades ilícitas.
O casal de influenciadores, que continua preso preventivamente, já havia sido alvo de medidas cautelares, incluindo o bloqueio de redes sociais, uso de tornozeleira eletrônica e recolhimento de passaportes.
Durante as investigações, conduzidas pela 3ª Delegacia de Polícia de Canoas, foram identificadas novas evidências que motivaram a suspensão de um acordo de não persecução penal que estava em tratativas com os investigados. A reabertura do inquérito ocorreu após a divulgação de vídeos nas redes sociais, que indicavam a continuidade das práticas ilícitas, como foguetórios e eventos festivos, mesmo após a imposição das medidas judiciais.
Com base nos novos elementos, na época, o Ministério Públoco deu parecer favorável à prisão preventiva do casal e, posteriormente, formalizou a denúncia à Justiça. O promotor Tiago Moreira destacou que a atuação do MPRS tem por objetivo garantir a responsabilização penal dos envolvidos e a interrupção das atividades criminosas que vinham sendo praticadas de forma reiterada e dissimulada.
Fraudes na saúde
Por meio da Promotoria de Justiça Especializada Criminal, o MPRS ofereceu denúncia em Erechim (Norte gaúcho) contra nove servidores municipais, um empresário e uma ex-gerente do escritório dele. A ofensiva se deu no âmbito da operação “Descuidado”, deflagrada em 18 de junho para investigar sobre fraudes em repasses financeiros na área da saúde.
A investigação revelou a prática de crimes de acesso indevido a sistemas de informação e inserção de dados falsos em sistemas oficiais do Estado. De acordo com o apurado, agentes públicos cederam credenciais pessoais para que terceiros acessassem sistemas restritos da Secretaria Estadual da Saúde (SES).
Com isso, foram inseridos documentos falsificados com o objetivo de enquadrar os municípios em critérios técnicos que permitissem o recebimento de repasses mensais de recursos públicos. A atuação do MPRS resultou ainda em duas decisões judiciais cautelares.
– Afastamento de servidores públicos de suas funções em secretarias municipais de Saúde e de qualquer cargo que envolva a gestão do Sistema Único de Saúde (SUS) ou da Rede Bem Cuidar.
– Proibição de o empresário investigado (que atua no segmento de assessoria em políticas públicas) contratar ou participar de licitações com o poder público estadual e com os municípios gaúchos, especificamente na área da saúde.
Já no que se refere a prejuízos decorrentes das práticas criminosas. O MPRS continua analisando provas colhidas na operação.
(Marcello Campos)
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