Segunda-feira, 27 de Outubro de 2025

Home Esporte Jornal britânico questiona impacto de Lionel Messi nos Estados Unidos

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Lionel Messi encerrou sua primeira temporada completa na Major League Soccer (MLS), a liga de futebol norte-americana, com números impressionantes, conquistando a Chuteira de Ouro e liderando em assistências mesmo tendo perdido quase um quarto dos jogos.

No entanto, o jornal britânico The Guardian publicou um artigo provocativo, assinado pelo colunista John Müller, questionando se o impacto do craque argentino nos Estados Unidos foi realmente significativo.

Com essa frase irônica, Müller resume o tom crítico do texto. Segundo ele, embora Messi tenha feito “a melhor temporada individual da história da MLS”, o feito passou despercebido fora das redes sociais e dos vídeos de melhores momentos.

O jornalista aponta que o argentino não conseguiu “empurrar a MLS para o centro das atenções” no país, e cita uma queda de 5,5% na média de público dos jogos como evidência da estagnação do interesse.

O artigo também destaca que Cristiano Ronaldo, atuando na Arábia Saudita, continua gerando mais buscas no Google dentro dos Estados Unidos do que Messi. Para Müller, isso reforça a ideia de que o camisa 10 do Inter Miami não se tornou uma porta de entrada para o futebol local, como se esperava.

O contrato de Messi inclui participação na receita do Season Pass da Apple TV, mas o retorno financeiro não teria sido o esperado. A liga chegou a liberar os jogos dos playoffs gratuitamente para assinantes, numa tentativa de impulsionar a audiência. O jornalista sugere que o investimento pode não ter gerado o impacto cultural desejado.

Apesar das críticas, os dados de desempenho de Messi são impressionantes. Segundo o site American Soccer Analysis, o argentino foi duas vezes mais decisivo que o segundo colocado, Denis Bouanga, e superou a temporada recordista de Carlos Vela em 2019. Nenhum outro jogador na história da MLS havia somado tantas participações em gols sem contar pênaltis.

Müller argumenta que o problema não está no talento de Messi, mas na falta de uma narrativa envolvente.

“Quando vence, é porque está numa liga de aposentados; quando perde, é porque já está velho”, escreveu. O jornalista também comparou o impacto da série documental Messi Meets America com produções como Ted Lasso e Welcome to Wrexham, apontando que o projeto sobre o argentino teve engajamento muito inferior.

Para o Guardian, o fascínio global por Messi não se converteu em paixão pelo futebol local. Müller classifica a passagem do argentino pela MLS como “um experimento que pode acabar esquecido”, mesmo com os recordes individuais. A liga, segundo ele, ainda busca o impacto global que sonhava alcançar.

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