Sexta-feira, 04 de Outubro de 2024
Por Redação Rádio Pampa | 1 de maio de 2024
Após uma dupla apresentação no Coachella, Ludmilla ganhou destaque na imprensa internacional ao aparecer no jornal britânico The Guardian, publicado nesta terça-feira (30).
A entrevista com a brasileira a elege como uma das cantoras “favoritas de Beyoncé”. A diva pop internacional gravou um áudio que foi utilizado para abrir abrir o show de Ludmilla no Coachella.
“A artista negra mais escutada no Brasil e uma das favoritas de Beyoncé, Ludmilla ganhou um novo público após seu show viral no Coachella”, abre a matéria do jornal, que cita a cantora como “a próxima grande estrela do pop do Brasil”. “Ela fala sobre racismo e homofobia que tem enfrentado para chegar tão longe”, acrescenta a publicação.
“Ela está seguindo o guia para o estrelato pop, com o objetivo de uma carreira internacional. Com um repertório de canções em português, inspirado no som bruto do baile funk brasileiro e também no pagode [um ramo moderno do samba], Ludmilla já ganhou um Grammy Latino e se tornou a artista negra mais ouvida no Brasil, e uma das únicas mulheres de herança afro-latina a alcançar um bilhão de streams no Spotify e fazer um set no palco principal do Coachella”, diz trecho da matéria.
A reportagem também dá ênfase ao valor investido na performance (cerca de 1,2 milhões de libras – R$ 8 milhões). “Eu tinha 45 minutos para mostrar ao mundo quem Ludmilla é”, disse a cantora. “Eu tinha um objetivo e o atingi – nessa semana eu já recebi diversos convites para colaborações [musicais]”, continuou.
Nas redes sociais, Ludmilla celebrou o reconhecimento:
Ludmilla ainda fala sobre carreira internacional: “O Coachella foi o pontapé inicial da minha carreira internacional, e eu estou muito animada para descobrir esse mundo novo”.
Polêmica no Coachella envolvendo religião
Na entrevista ao The Guardian, Ludmilla também esquivou-se da polêmica sobre a suposta intolerância religiosa durante a sua apresentação. “Eu não tenho religião e acredito que o preconceito é algo profundamente grave”, afirmou a cantora.
No segundo final de semana do festival, imagens da artista visual Najur foram exibidas no telão. Em um dos takes, a frase “só Jesus expulsa o Tranca Rua das pessoas” foi duramente criticada nas redes sociais.
A matéria também falou que as redes sociais no Brasil se encheram de “controvérsia” por causa do episódio.
“Algumas pessoas acusaram ela de propagar intolerância religiosa, – a violência contra religiões afro-brasileiras vem crescendo conforme a religião evangélica se torna mais e mais popular – enquanto alguns só argumentaram que a imagem era um olhar do Brasil de hoje”, discorre o periódico.
Ludmilla relembra casos de racismo
A artista também comentou sobre os episódios de racismo sofridos no início de sua carreira.
“Quando comecei, eu fui vítima de racismo e sofri em silêncio. Mas agora sei o quanto sou importante e como posso ajudar mulheres como eu. Depois que me apresentei no Coachella, no primeiro fim de semana, vi muitos brasileiros me crucificando nas redes, só por causa do racismo. Esta é uma luta da qual não posso simplesmente desistir. Mas é irritante, uma cantora branca não precisa falar sobre isso”, contou.
No Ar: Pampa Na Tarde