Sábado, 10 de Maio de 2025
Por Redação Rádio Pampa | 2 de novembro de 2021
O suíço Joseph Blatter e o francês Michel Platini, ex-presidentes da Fifa e da Uefa, respectivamente, foram formalmente acusados pelo Ministério Público da Suíça por fraude, entre outros crimes, por um pagamento ilícito de 1,8 milhão de euros (aproximadamente 11,84 milhões de reais) em 2011.
Os ex-dirigentes foram afastados de todas as atividades relacionadas ao futebol por seis e por quatro anos, precisamente, pelas suspeitas de corrupção que recaíram sobre eles desde 2015. Agora, aguardam pela decisão do Tribunal Federal de Bellinzona sobre a validação dos indícios e um consequente julgamento.
Blatter, de 85 anos, presidiu a Fifa entre 1998 e 2015, enquanto o francês Platini esteve no comando da Uefa entre 2007 e 2016. Na investigação, são suspeitos de terem combinado o pagamento ilícito por parte da Fifa ao então dirigente máximo da Uefa.
Platini teria recebido a quantia em 2011, alegando serviços prestados como conselheiro de Blatter entre 1998 e 2002. Ambos justificaram o pagamento tão diluído no tempo como fato de as finanças da Fifa, na altura, não permitirem remunerações tão elevadas como as acordadas entre Blatter e Platini.
“As provas recolhidas pela Procuradoria-Geral da República corroboram que este pagamento à Platini foi efetuado sem base legal. Este pagamento danificou ativos da Fifa e enriqueceu Platini ilegalmente. Na opinião do procurador-geral, os réus cometeram os crimes listados acima”, informou o Ministério Público da Suíça.
Michel Platini era o nome mais forte para suceder Blatter na direção da Fifa. Eles ainda estão sob acusações de “gestão danosa, abuso de confiança e falsificação de documentos.” De acordo com a legislação suíça, a fraude simples tem uma moldura penal de até cinco anos de prisão ou uma punição pecuniária.
Dinheiro de corrupção repassado
Em agosto deste ano, o Departamento de Justiça dos Estados Unidos declarou a Fifa, a Conmebol e a Concacaf como vítimas de ex-funcionários corruptos destas entidades e revelou um repasse no valor de US$ 201 milhões (cerca de R$ 1 bilhão) em dinheiro confiscado dos cartolas corruptos em sua ampla investigação, realizada desde 2015, que ficou conhecida como Fifagate.
O dinheiro foi destinado diretamente à Fifa. Uma primeira quantia de US$ 32,2 milhões (R$ 173 milhões) foi enviado para um novo fundo da entidade, chamado de “Remissão do Futebol Mundial”, supervisionado pela Fundação Fifa.
A maior parte do dinheiro perdido agora está sob o controle da Fifa em Zurique, embora nunca tenha pertencido à entidade que rege o futebol mundial. O dinheiro confiscado pertencia a pessoas que foram autoridades do futebol das Américas e era resultado de suborno ligado a ofertas de patrocínio e direitos de transmissão de competições no continente.
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