Quarta-feira, 18 de Junho de 2025
Por Redação Rádio Pampa | 18 de junho de 2025
A Justiça gaúcha ouviu nesta semana cinco testemunhas arroladas pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS) no processo sobre as mortes da universitária Sarah Gonçalves dos Santos, 28 anos, e do comerciante Valdir dos Santos Pereira, de 53. Ambos foram atingidos por tiros durante ataque de criminosos na Ilha das Flores, Região Metropolitana de Porto Alegre, em janeiro do ano passado.
Os depoimentos foram prestados na primeira audiência de instrução sobre o caso, realizada na 1ª Vara do Júri do Fórum Central de Porto Alegre. Nessa etapa são colhidas provas orais para subsidiar a decisão judicial sobre a pronúncia dos quatro denunciados pelo MPRS, ou seja, se eles serão submetidos ou não a júri.
A sessão foi acompanhada pelo promotor Reginaldo Freitas da Silva. Ainda faltam as oitivas de outras dez testemunhas de acusação, além das indicadas pelas defesas dos réus e dos interrogatórios destes últimos. As datas ainda não foram marcadas.
“Infelizmente não foi possível o encerramento da instrução processual, mas há um comprometimento da Justiça para que seja designada uma data próxima para que as demais testemunhas sejam ouvidas e os réus interrogados e, ao fim, seja apreciado o pedido de julgamento deles pelo Tribunal do Júri”, ressaltou o promotor.
Relembre
O incidente ocorreu no dia 23 de janeiro de 2024, na Ilha das Flores, quando a acadêmica do curso de Arquitetura e Urbaniosmo da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e o dono de um minimercado foram atingidos por tiros que partiram de dois homens a bordo de uma motocicleta. Foram efetuados ao menos 15 disparos.
A investigação apontou que os homicídios estão relacionados a disputas no tráfico de drogas na região. O alvo da emboscada era microempresário, pelo fato de ele se opor à venda de entorpecentes na comunidade onde residia. Já a estudante estava entrevistando o comerciante para um trabalho de conclusão da faculdade.
No dia 21 de novembro do ano passado, o Ministério Público denunciou quatro indivíduos pelos homicídios qualificados de Sarah e Valdir. A acusação aponta como agravantes o emprego de meio cruel e o uso de recurso que dificultou a defesa das vítimas, além do motivo torpe.
Imagens obtidas por câmeras de segurança mostram que o crime aconteceu em cerca de 20 segundos. Foram quase 20 tiros, disparados por uma pistola calibre 9 milímetros, de uso restrito. Os criminosos fugiram na moto, mas acabaram identificados e capturados.
(Marcello Campos)
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