Sexta-feira, 21 de Novembro de 2025
Por Redação Rádio Pampa | 21 de novembro de 2025
Dois presos na Operação Compliance Zero, que investiga fraudes financeiras envolvendo o Banco Master, foram soltos na noite de quinta-feira (20), e deixaram a Superintendência da Polícia Federal em São Paulo. O prazo da prisão temporária decretada pela Justiça Federal, com duração de três dias, venceu e não foi renovado.
O banqueiro Daniel Vorcaro – interceptado e preso por agentes federais na noite de segunda (17), quando tentava embarcar em seu jato particular no Aeroporto de Guarulhos rumo a Dubai – permanece preso em caráter preventivo, sem prazo para terminar.
Foram colocados em liberdade os executivos André Felipe de Oliveira Seixas Maia, ex-funcionário do Banco Master, e Henrique Souza Silva Peretto. Os dois constam como donos de empresas que teriam sido usadas nas fraudes, segundo a PF.
Ao decretar as prisões no âmbito da Operação Compliance Zero, o juiz Ricardo Augusto Soares Leite, da 10.ª Vara Federal Criminal no Distrito Federal, anotou que André Felipe tem “vínculos funcionais e societários que o colocam no centro das operações fraudulentas investigadas”.
Felipe é dono da Tirreno Consultoria Promotoria de Crédito e Participações. A Polícia Federal afirma que a empresa foi constituída em um processo “marcado por indícios de simulação, antedatamento e manipulação documental destinados a ludibriar a fiscalização” do Banco Central.
Henrique Peretto aparece como responsável, no papel, pela integralização do capital social da Tirreno, que saltou de R$ 100 para R$ 30 milhões. O incremento foi considerado suspeito. A PF acredita que houve uma manobra societária para conferir aparência de capacidade econômica à empresa.
“Há diversos vínculos societários entre Henrique Peretto e André Felipe de Oliveira Seixas Maia – este último diretor da Tirreno e ex-funcionário do Banco Master -, indicando atuação coordenada no âmbito das empresas envolvidas”, diz um trecho da decisão do juiz Ricardo Leite.
Os outros cinco presos na operação são executivos do banco e continuam detidos porque, no caso deles, as prisões são preventivas, ou seja, não têm prazo para terminar.
(Com informações do O Estado de S.Paulo)