Quarta-feira, 09 de Julho de 2025
Por Redação Rádio Pampa | 23 de março de 2022
A eleição que aclamaria Ednaldo Rodrigues como presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), nesta quarta-feira (23), está suspensa por decisão da Justiça de Alagoas. O magistrado da 1ª Vara Cível de Maceió, Henrique Gomes de Barros Teixeira, atendeu o pedido feito por Gustavo Feijó, um dos atuais vice-presidentes da entidade esportiva.
Feijó é o principal antagonista do presidente interino da CBF, Ednaldo Rodrigues, que está no cargo desde agosto de 2021, após o afastamento de Rogério Caboclo, suspeito de assédio sexual e moral contra funcionárias.
Após tentar suspender a eleição da CBF na Justiça do Rio de Janeiro e por meio da Comissão Eleitoral da própria confederação, instâncias em que teve pedidos negados, Feijó recorreu à Justiça de Alagoas, Estado onde mora.
A ação apresentada questiona que “todos os atuais dirigentes da CBF tiveram seus mandatos ilegalmente subtraídos antes de seu termo final…”. Também aponta que a votação convocada para esta quarta-feira feriu o princípio da isonomia, ao não respeitar a representação dos times de segunda divisão e femininos.
Clima político tenso
Gustavo Feijó, além de questionar a convocação do pleito, levanta uma suposta influência de Marco Polo Del Nero, ex-presidente da confederação e banido pela Federação Internacional de Futebol (Fifa), na atuação de Ednaldo Rodrigues.
“Marco Polo demonstra total influência no presidente Ednaldo. Ele [Marco Polo] mandou mensagens em grupos de WhatsApp. O Ednaldo mesmo não nega ter ido à casa de Marco Polo. Quando um presidente banido pode ter contato com o presidente atual?”, questionou Feijó.
Ministério Público do Rio
Feijó questiona que o mandato da atual gestão iria até 2023. A CBF decidiu convocar a nova eleição após a assinatura de um Termo de Ajustamento de Conduta com o Ministério Público do Rio de Janeiro, dentro de um processo iniciado em 2017 que questiona a mudança de regras eleitorais e levou à intervenção da CBF.
Para cumprir o TAC, em uma assembleia geral extraordinária no último dia 7, foi aprovada a forma de votação com peso três para o voto das federações estaduais, peso dois para os clubes da série A e peso um para os clubes da série B.
Feijó tentou derrubar o TAC na Justiça do Rio de Janeiro, mas não teve sucesso. Os questionamentos apresentados à Justiça de Alagoas também foram feitos à Comissão Eleitoral da CBF, que manteve o pleito, em decisão do último domingo (20).
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