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Por Redação Rádio Pampa | 15 de junho de 2023
O ator Kevin Spacey, que enfrenta diversas denúncias por agressão sexual, disse que alguns diretores e produtores de filme deram sinais de que pretendem contratá-lo caso ele prove sua inocência nos processos em que está envolvido. Atualmente, Spacey enfrenta 12 acusações feitas por quatro homens de crimes que teriam ocorrido entre 2001 e 2013.
“Em 10 anos, isso não será nada”, comentou o ator em entrevista à Zeit Magazin nesta quarta-feira, 14. “Meu trabalho viverá mais que eu, e é isso o que será relembrado”, completou.
Segundo o artista, várias pessoas ligadas à indústria do cinema já entraram em contato dizendo que querem trabalhar com ele, mas não podem. “É um período em que muitas pessoas estão com medo de me apoiarem e serem canceladas”, comentou.
Conforme o relato, porém, alguns já deram indícios de que irão contratá-lo caso o ator prove sua inocência no Tribunal Southwark, em Londres. “No segundo em que isso acontecer, eles estarão prontos para seguir em frente”, afirmou.
A onda de denúncias contra o ator de House of Cards começou em 2017, com o surgimento do #MeeToo, movimento que tomou força após as acusações contra o produtor Harvey Weinstein. Ele foi demitido da série e condenado a pagar quase US$ 31 milhões à MRC, a produtora de House of Cards, como compensação pela perda de receita atribuída à sua saída.
No ano passado, Spacey foi declarado inocente no processo que envolveu denúncias do também ator Anthony Rapp. Em 2021, ele fez um breve retorno às telas com o filme italiano L’uomo che disegno Dio (O homem que desenha Deus), do diretor Franco Nero, em que interpretou um personagem secundário.
Prêmio
No início deste ano, Spacey recebeu um prêmio do Museu Nacional de Cinema da Itália, em Turim, e fez um discurso agradecendo a seu agente, Evan Lowenstein, por nunca tê-lo abandonado. O americano foi homenageado com o prêmio Stella della Mole, que reconhece artistas por sua contribuição à arte.
Ao receber a homenagem, o ator disse ainda que nunca se escondeu: “Vivo minha vida a cada dia, vou ao restaurante, encontro pessoas, dirijo, jogo tênis, sempre encontrei pessoas generosas, genuínas e compassivas”, disse o astro. “Não me escondi, não fui viver em uma gruta”, acrescentou o ator, que ainda agradeceu ao cineasta italiano Franco Nero por tê-lo chamado para o filme “O homem que desenhou Deus”, que marcou seu retorno à sétima arte após o escândalo de abusos sexuais.
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