Sexta-feira, 19 de Abril de 2024

Home Ciência Lançamento de missão conjunta Europa-Rússia a Marte é adiado

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Uma missão conjunta da Europa a Marte com a Rússia foi adiada pela guerra. O lançamento este ano é agora “muito improvável” devido a sanções ligadas à guerra na Ucrânia, disse a Agência Espacial Europeia.

Inicialmente, a missão deveria partir do espaçoporto de Baikonur, no Casaquistão, em setembro de 2020. A partida do foguete russo Proton teve, no entanto, de ser adiada devido à pandemia e a problemas técnicos.

O objetivo é colocar o primeiro rover da Europa no planeta vermelho para ajudar a determinar se já houve vida em Marte. Um rover de teste lançado em 2016 aterrissou em Marte, destacando a dificuldade de colocar uma espaçonave no planeta.

Embora a Europa tenha seus próprios foguetes para colocar satélites em órbita, depende de parceiros russos e americanos para enviar astronautas ao espaço.

Inimigos no espaço

A chefe de operações espaciais da Nasa (agência espacial norte-americana) disse na última segunda-feira que a agência está operando a Estação Espacial Internacional com apoio e informações russas, como de costume. “Obviamente, entendemos a situação global, onde está, mas como uma equipe conjunta, essas equipes estão operando juntas”, disse Kathy Lueders.

Os Estados Unidos e a Rússia são os principais operadores da estação espacial. Quatro americanos, dois russos e um alemão estão atualmente na estação. “Já operamos nesse tipo de situação antes e ambos os lados sempre atuaram muito profissionalmente”, afirmou Lueders.

O astronauta da Nasa Mark Vande Hei está programado para retornar à Terra no final de março com dois russos em uma cápsula da Soyuz, e Lueders disse que ainda está no caminho certo.

As cápsulas da Rússia eram a única maneira de entrar e sair do espaço depois que os ônibus da agência espacial norte-americana se aposentaram em 2011 e até o primeiro voo da tripulação da SpaceX em 2020.

O que é a tal janela de lançamento?

Uma viagem até Marte leva entre seis e oito meses. Mas ela não pode acontecer a qualquer momento: é preciso respeitar uma janela de lançamentos, chamada Órbita de Transferência de Hohmann.

A cada 26 meses, durante cerca de um mês, o planeta está em oposição à Terra – ou seja, os dois estão o mais próximos possível, a cerca de 55 milhões de quilômetros.

Esse é o momento ideal para viagem. Além de gastar menos combustível, é a trajetória mais segura e inteligente. Por isso que missões ao planeta vermelho acontecem, em geral, a cada dois anos.

Para voltar à Terra, também é preciso esperar a próxima oposição. Ou seja, se não for lançado este ano, o rover terá de esperar pelo menos até 2024 para ir ao espaço. A missão já havia sido adiada em 2018, por atrasos de engenharia e financiamento, e em 2020, devido à pandemia de Covid-19.

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