Quarta-feira, 22 de Outubro de 2025

Home Brasil Líder da Igreja Universal critica Lula: “Não deu nada à Igreja”

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O bispo e fundador da Igreja Universal, Edir Macedo, usou as redes sociais para criticar o presidente Lula (PT). Em um vídeo, o líder religioso afirmou que o petista não teria dedicado medidas ao setor evangélico, nem à Record TV, emissora de qual é proprietário.

“O Lula esteve oito anos no governo. Pergunta a ele o que ele me fez, o que ele me deu? O que ele me deu? O que ele deu à Igreja? O que ele deu à Record? Ele não deu nada, ele apenas fez o que ele tinha que fazer, assim como fez com as demais emissoras. Obviamente que pagou, honrou lá seus compromissos. Mas eu não devo nada ao Lula”, criticou Macedo.

Em seguida, o religioso afirma que, na verdade, quem lhe deve é o petista. Na fala, ele relembra o diagnóstico de câncer na laringe que Lula recebeu em 2011, e cita o ex-presidente Bolsonaro, sem especificar qual questão de saúde resolveu do ex-aliado.

“Agora, ele me deve. Não a mim, mas a Deus. Mas obviamente Deus nos usou. Quando ele estava com câncer na garganta ele foi lá na Igreja falar comigo. Fechamos a sala. Fechei a porta. Impus as mãos sobre o pescoço dele e orei por ele. Eu orei pelo Lula. E ele ficou curado. Fez tratamento lá no Einstein (hospital em São Paulo) e ficou curado. O Bolsonaro é a mesma coisa. Quer dizer, eu fiz favor para ele. Ele não me fez favor nenhum. Oito anos que ele esteve lá e não fez favor nenhum para mim”, finalizou.

Ataques

Acenos recentes do PT à ala política da Universal não foram suficientes para que o governo Lula se aproximasse da igreja. Desde novembro do ano passado, após a derrota de Jair Bolsonaro, a Folha Universal — periódico de tiragem semanal — criticou o petista em ao menos sete ocasiões. O presidente do Republicanos, deputado Marcos Pereira (SP), mantém o posicionamento de que a sigla ligada à igreja não integrará a base governista.

O presidente Lula fez gestos em direção ao Republicanos em dois momentos distintos deste ano: com o apoio à eleição do deputado Jhonatan de Jesus (RR) para ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) e no acordo costurado com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), que levou Marcos Pereira à vice-presidência da Casa.

Mesmo com essas movimentações, a Folha Universal continuou atacando Lula e seu partido. A crítica mais recente foi publicada em 5 de março, quando uma reportagem sobre o voto feminino recaiu no impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff. De acordo com o texto, o afastamento seguiu todo o rito constitucional. Desde que assumiu, Lula adotou o discurso de que foi um “golpe.”

Logo após o resultado da eleição, o bispo e fundador da Universal, Edir Macedo, postou um vídeo em que dizia ser preciso perdoar Lula. “Eu perdoo você, Lula, que fez tanto mal para o Brasil, que fez o que fez”, disse o religioso que foi um dos maiores cabos eleitorais de Bolsonaro.

A declaração não foi bem recebida pela presidente do PT, Gleisi Hoffmann. Ela respondeu que ele deveria pedir perdão é a Deus pelas “mentiras que propagou”.

Nove dias depois, a Folha Universal publicou o editorial “Dois Brasis”, que tratava Lula como “protegido’ pelo Supremo Tribunal Federal e exaltava os bloqueios antidemocráticos promovidos nas estradas por apoiadores de Bolsonaro.

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