Sexta-feira, 10 de Outubro de 2025
Por Redação Rádio Pampa | 18 de agosto de 2025
O líder da oposição, deputado federal Luciano Zucco (PL) acompanhou com preocupação a agenda do ex-presidente Jair Bolsonaro, submetido a exames no sábado em Brasília. Zucco conversou com o colunista, e lembrou que “no nosso último encontro, fiquei preocupado com a questão de saúde dele. É uma situação muito ruim, fruto da facada, e principalmente da última cirurgia.” Sobre as negociações políticas, o líder da oposição revelou que na conversa com Bolsonaro, “passamos para ele nosso trabalho na Câmara, no Senado. Passamos também a questão das pautas que foram acordadas com os partidos de centro, seja o Progressistas, União Brasil, PSD, o próprio PL, e o Novo, acordos suficientes para termos a maioria para avançarmos. Entre os temas abordados, estão além da anistia, e do fim do foro privilegiado, o processo de impeachment do ministro Alexandre de Moraes no Senado. Ele ficou extremamente feliz com o resultado. Só que a preocupação é que horas depois desta sensação de termos a maioria, estamos vendo um avanço do Alexandre de Moraes – ministro do STF – mais uma vez, cobrando a definição do julgamento, que nos já sabemos o resultado: o presidente Bolsonaro já está condenado.” Zucco também considera superada a polemica do churrasco com Bolsonaro, que não aconteceu: Para ele, a questão já está no passado, após conversa com a ex-primeira dama Michelle. Nas redes sociais, esclareceu que “Era apenas uma intenção, uma boa intenção, que não foi efetivada devido ao estado de saúde em que ele se encontrava”.
A pauta com o presidente Hugo Motta
Zucco disse ao colunista que o Presidente da Câmara Hugo Motta tem conhecimento que a oposição não vai recuar a que sejam pautados os projetos que já foram definidos como prioridade. “Não estamos obrigando a aprovação, queremos é que ele paute. Temos 513 deputados e 81 senadores que têm o direito de exercer seu papel, legitimo em uma democracia quando se tem pautas relevantes, e quando se tem uma maioria.” O líder da oposição refirma que existe uma maioria de deputados cobrando essa votação na Câmara:
– Nós temos uma maioria de 290 assinaturas sobre a pauta da anistia. Que se paute para o plenário decidir, e não um ministro que não tem um único voto. A gente espera que ele – Hugo Motta – aceite a indicação dos líderes de partido, que já falaram que vão solicitar que seja pautado na próxima reunião de líderes, e também espero que a justiça seja feita, e que estas aprovações tragam um conforto maior para a sociedade brasileira” afirmou o deputado Luciano Zucco.
Porto Alegre confirma desconto do IPTU para premiar práticas sustentáveis
O prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo demonstra com números, que o discurso defendendo práticas sustentáveis, se materializa no mundo real: faltando menos de três semanas do fim do prazo, a Secretaria Municipal da Fazenda já contabiliza 164 processos de solicitação de desconto no IPTU de 2026 por práticas sustentáveis. Esses processos reúnem 555 inscrições, já que alguns deles envolvem mais de uma matrícula de imóvel. O prazo para garantir o desconto no ano que vem termina em 31 de agosto.
Nova Estratégia do PT após anúncio do Senador Paulo Paim
A decisão do senador Paulo Paim de rever a aposentadoria, e apresentar-se para a reeleição ao Senado em 2026, provoca um Efeito Dominó no PT. O deputado federal Paulo Pimenta retira a pré-candidatura ao Senado, e foca na reeleição para deputado federal. E tira do páreo o deputado estadual Valdeci Oliveira, futuro presidente estadual do partido, que já se encontrava em pré-campanha para a Câmara dos Deputados. Restou para Valdeci o espaço da reeleição para a Assembleia Legislativa.
Deputado Ronaldo Nogueira insiste que “o diálogo é o caminho”.
Preocupado com a radicalização crescente do debate político e econômico, o ex-ministro do Trabalho, deputado federal Ronaldo Nogueira (Republicanos) dá um recado:
– Sempre defendi que o diálogo é o caminho. E, nesse momento, a gente precisa ser estratégico. É hora de priorizar a diplomacia para manter nossa relação com os Estados Unidos. Evitar intrigas não é sinal de fraqueza, mas de inteligência política. Vamos juntos construir pontes, e não muros, porque um futuro próspero para o Brasil depende disso”, afirma Ronaldo Nogueira.
A Lei Magnitsky na prática, para os bancos brasileiros
Desde que os EUA aplicaram a Lei Magnitsky em Alexandre de Moraes, há duas semanas, uma série de dúvidas pairam sobre seus efeitos reais no Brasil. O jornalista Lauro Jardim, de O Globo, revela que um diretor do Banco Central, que preferiu falar no anonimato, explicou o que, vale afinal, ao menos na visão da autoridade monetária brasileira:
— A lei americana vige lá e a brasileira, aqui. Mas a questão é outra, pois o sistema financeiro global é integrado. Então, o que se tem é que espaços jurídicos e democracia são regidos nacionalmente, mas as relações econômicas são globais. Se hoje já estivesse em vigor a versão mais dura da Lei Magnitsky, porque a que está aí para o ministro não é a mais dura, a escolha que caberia a um banco é: o que vale mais, manter um ministro do STF como seu cliente ou poder fazer cotação de dólar, operar câmbio, entre outras operações financeiras? Por que sem essas operações, você mata o banco. Então, o banco teria que escolher: subsistir ou manter esse cliente. E essa é uma decisão que afeta todo o sistema financeiro, afeta a estabilidade do sistema financeiro. São três níveis da Lei Magnitsky. O ministro está no mais brando.
Flávio Pereira
@flaviorrpereira