Sexta-feira, 15 de Agosto de 2025

Home Política Líder de acampamento bolsonarista condenado pelo 8 de Janeiro está foragido após romper tornozeleira eletrônica

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Condenado a 14 anos de prisão por participação nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023, Diego Dias Ventura é alvo de um mandado de prisão expedido pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes na última terça-feira (12). Segundo a decisão, Ventura está em local “incerto e não sabido” após romper a tornozeleira eletrônica que o monitorava.

Apontado como uma das lideranças do acampamento bolsonarista instalado em frente ao quartel do Exército em Brasília, Diego Ventura foi condenado no dia primeiro de julho pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, Golpe de Estado, dano qualificado, deterioração de patrimônio público tombado e associação criminosa armada.

No entanto, segundo a Secretaria de Administração Penitenciária do Rio de Janeiro (Seap-RJ), a cinta da tornozeleira eletrônica de Ventura foi rompida na mesma data, com a bateria do dispositivo de monitoramento chegando ao fim já no dia seguinte. O rompimento da tornozeleira aconteceu na residência do foragido no município de Campos dos Goytacazes, e a Seap avisou ao STF do ocorrido no dia 6 de agosto.

Ventura usava a tornozeleira eletrônica como parte de uma série de medidas cautelares determinadas por Moraes, que incluíam também a obrigatoriedade de se apresentar à Justiça toda segunda-feira.

“Não resta alternativa diferente do restabelecimento da prisão preventiva do réu, o qual encontra-se em local incerto e não sabido, logo após ter rompido o dispositivo eletrônico de monitoramento, em evidente tentativa de evasão”, diz Moraes no mandado de prisão. O ministro acrescenta ainda que Ventura está “deliberadamente desrespeitando as medidas cautelares” e revela “completo desprezo” pelo STF.

Diego Dias Ventura foi alvo da Operação Lesa Pátria, da Polícia Federal, em julho de 2023. Ele já havia sido detido pelas autoridades no dia 24 de dezembro de 2022 quando estava a caminho do STF junto com outros apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro. Com o grupo, a Polícia Militar apreendeu estilingues, uma faca e rádios comunicadores.

Ventura era próximo de Ana Priscila Azevedo, citada em relatórios sigilosos da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e apontada como uma das principais articuladoras dos atos antidemocráticos. Azevedo foi condenada a 17 anos de prisão em dezembro de 2024.

Ativo nas redes na época dos ataques, Diego Ventura participava da Associação Brasileira de Patriotas e administrava grupos de apoio ao ex-presidente no Telegram. Após a derrota de Bolsonaro nas urnas em 2022, Ventura se juntou a outros apoiadores do ex-presidente no acampamento. Em vídeos publicados na época, ele pedia doações para manter o local:

“Relatório diário de doação da Direita Limpa ao QG de Brasília. Precisamos de 9 k para 1 caminhão de água. Segue o pix para quem desejar e puder”, dizia trecho de postagem atrelada ao pix de Diego Ventura. (Com informações do jornal O Globo)

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