Quarta-feira, 17 de Setembro de 2025

Home Rio Grande do Sul Logística reversa: em debate, o reaproveitamento de resíduos sólidos no RS

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A Secretaria Estadual do Meio Ambiente e Infraestrutura (Sema), em parceria com o Instituto Giro, promoveu nessa terça-feira (16) o seminário “Desafios e Oportunidades da Logística Reversa no Rio Grande do Sul”. O evento contou com especialistas dos setores público e privado no auditório do Ministério Público (MPRS), em Porto Alegre.

Para quem ainda não conhece o termo, trata-se de um conjunto de ações, procedimentos e meios destinados a viabilizar a coleta e a restituição dos resíduos sólidos ao setor empresarial, para reaproveitamento, em seu ciclo ou em outros ciclos produtivos, ou outra destinação final ambientalmente adequada. É o caso clássico da reciclagem de embalagens, por exemplo.

O seminário foi composto por três painéis temáticos, com contribuições de representantes da Sema, Ministério Público, Sindicato da Indústria do Material Plástico no RS (Sinplast), Consórcio Intermunicipal de Gestão de Resíduos Sólidos (Cigres), Instituto Nacional da Reciclagem (Inesfa) e cooperativas.

O primeiro painel foi mediado pelo engenheiro ambiental e diretor técnico da Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam), Gabriel Ritter, que apresentou um panorama dos progressos alcançados, por meio de programas, legislações e políticas públicas vigentes e discutiu os obstáculos que ainda precisam ser enfrentados. O segundo painel teve a condução da advogada e assessora técnica de Meio Ambiente da Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs), Marion Heirich, e destacou o papel das cooperativas na valorização dos resíduos e na inclusão social.

Já o terceiro painel foi mediado pelo responsável técnico da Associação de Logística Reversa de Embalagens (Aslore), Ailton Storolli, e tratou das oportunidades econômicas do setor e da inovação como ferramenta para ampliar o reaproveitamento de materiais.

A titular da Sema, Marjorie Kauffmann, destacou que o Departamento de Recursos Hídricos da pasta conta com uma Divisão de Saneamento, trabalhando para aproximar relações e valorizar esses produtos que, no passado, eram vistos apenas como problemas dentro dos empreendimentos.

“Nosso objetivo é fortalecer parcerias e garantir a aplicação efetiva da economia circular, sempre com a inclusão de todas as pessoas e a geração de resultados concretos para o meio ambiente e para a sociedade”, afirmou.

O seminário contou também com as presenças do diretor-presidente Fepam, Renato Chagas, da diretora-presidente do Instituto Giro, Jéssica Doumit, e da secretária executiva do Consórcio de Integração dos Estados do Sul e Sudeste (Cosud), Roberta Guimarães.

Exemplos positivos

Ao final do seminário, foram apresentados dois estudos de impacto ambiental positivo, voltadas à redução das emissões de gases de efeito estufa e à qualificação da reciclagem. O primeiro estudo, desenvolvido pela empresa Planton em parceria com a Eureciclo, evidenciou os benefícios da reciclagem na mitigação da crise climática, trazendo dados concretos sobre como o reaproveitamento de materiais contribui para diminuir a pegada de carbono.

Já a segunda pesquisa, realizada em conjunto pela Consultoria Hélice e a cooperativa Vaus e Mãos Verdes, destacou a relevância do monitoramento e da geração de indicadores sobre a qualidade do material reciclado, apontando caminhos para ampliar a eficiência da cadeia produtiva e agregar valor aos resíduos.

“Momento oportuno”

“O seminário foi realizado em um momento importante para a gestão de resíduos no Rio Grande do Sul”, ressalta o governo gaúcho. “Neste ano, entrou em vigor a obrigatoriedade de comprovação do cumprimento da Resolução Consema nº 500/2023, que estabelece normas vinculantes para a logística reversa de embalagens, uma das legislações mais importantes sobre o tema no Estado.”

Publicada em 2023, a resolução do Conselho Estadual do Meio Ambiente (Consema) determina responsabilidades para fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes de produtos embalados que, após o consumo, tornam-se resíduos sólidos descartados em residências ou no pequeno comércio.

“Ao promover esse debate, o governo do Estado busca estimular ações que ampliem os índices de reciclagem e acelerar a transição para um modelo de desenvolvimento mais sustentável, fortalecendo a integração entre setor público, privado e sociedade civil, um dos compromissos da gestão pública ambiental”, acrescenta o texto divulgado no site estado.rs.gov.br.

(Marcello Campos)

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