Sábado, 16 de Agosto de 2025

Home Celebridades Luciana Braga: “Quero encher a boca para dizer que sou velha, cabelo branco não é o fim”

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Luciana Braga assumiu as madeixas grisalhas prestes a entrar em 2025 e, desde então, tem curtido o envelhecimento com ainda mais propriedade. O que não é um problema para a atriz e, agora diretora, de 62 anos, a fim de desmistificar os estigmas de impotência que a palavra velha carrega socialmente. Em suas redes sociais, ela garante: cabelo branco não é o fim da vida. Mas o que quer dizer com isso?

“Essa coisa do cabelo branco está dentro dessa questão cultural que a gente tem, principalmente com relação às mulheres. Em um determinado momento da vida, parece que a gente fica meio invisível, deixa de existir. Isso se reflete na dramaturgia, em tanta coisa”, declara em entrevista exclusiva.

Marcada pela eterna Maria Imaculada, de Tieta, da TV Globo, vivida na juventude, ela questiona a tentativa desesperada, sobretudo no envelhecimento feminino, de manter-se jovem. “Me recuso a achar que envelhecer é uma coisa ruim. Acho que envelhecer é uma vitória, sou muito orgulhosa. Hoje, sou uma mulher velha, considerada velha socialmente. As pessoas falam: ‘Mas você não parece’. Não pareço, mas eu sou. Quero ter orgulho de ser velha”, afirma.

“Adoraria que a gente ressignificasse a palavra velha. Quero encher a boca para dizer que eu sou velha. Quero dizer cheia de orgulho que eu sou velha. Quero dar uma nova maneira de olhar para a palavra velha. Fazer da palavra velha uma palavra nova. Que a gente olhe para a velhice com mais alegria, mais orgulho, mais fé e com mais beleza”, acrescenta a mãe de Laura, 25, e Isabel Castello Branco, 23, da antiga relação com o iluminador Maneco Quinderim, de quem se separou em 2017.

Na preparação para estrear a primeira peça na direção, Luciana fala da importância da reinvenção constante em todas as fases da vida, em meio à transição de papéis enquanto atriz madura. “Faço questão de me orgulhar da minha velhice. Essa coisa do cabelo branco não é o fim da vida, é porque a velhice é uma fase da vida, que pode ser muito cheia de vida. Sou uma velha cheia de vida. Foi isso que eu quis dizer quando eu falei que o cabelo branco não é o fim de alguma coisa. Na verdade, é o recomeço de uma coisa, é mais uma reinvenção”, afirma.

Após fazer sucesso como Judy Garland no teatro e longe das novelas desde Éramos Seis (2020), Luciana avalia a atual fase da carreira, como diretora da espetáculo Duas ou Três Coisas que Eu Sei Delas, de Flavio Marinho. Ela estará em cartaz a partir de setembro, no Teatro Vannucci, no Rio de Janeiro, com a filha Isabel como assistente de direção.

“Estou vivendo aqui esse momento, sou uma curiosa. Meu pai me chamava de ‘novidadeira’ quando pequena, sou uma ‘novidadeira’. Estou gostando da novidade do meu cabelinho branco, estou amando a liberdade de ter esse cabelo, estou amando estar invertendo posições com meu amigo Flávio e estar desse outro lado do palco. Defino essa nova fase como uma grande novidade e deliciosa”.

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