Segunda-feira, 07 de Julho de 2025

Home Brasil Lula abre a 17º Cúpula do Brics

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Na abertura da 17ª Cúpula do BRICS, neste domingo (7) no Rio de Janeiro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva analisou o panorama de crise do multilateralismo, com a emergência de múltiplos conflitos e seus efeitos para a autonomia dos países, a segurança e as economias.

Na Sessão plenária “Paz e Segurança e Reforma da Governança Global, Lula foi enfático ao defender que países precisam abandonar os gastos militares para investir na implementação da Agenda 2030 das Nações Unidas e não em guerras.

“É mais fácil destinar 5% do PIB para gastos militares do que alocar os 0,7% prometidos para Assistência Oficial ao Desenvolvimento. Isso evidencia que os recursos para implementar a Agenda 2030 existem, mas não estão disponíveis por falta de prioridade política. É sempre mais fácil investir na guerra do que na paz”, disse o presidente brasileiro.

Lula destacou o papel dos países fundadores do BRICS para uma “nova realidade multipolar do século XXI”. Ao defender a reforma da governança global, ele pontuou a capacidade do grupo de, desde suas realidades, se tornar “uma força capaz de promover a paz e de prevenir e mediar conflitos”.

“Podemos lançar as bases de uma governança revigorada. Para superar a crise de confiança que enfrentamos, é preciso transformar profundamente o Conselho de Segurança. Torná-lo mais legítimo, representativo, eficaz e democrático”, defendeu Lula.

Justiça tributária

Ainda no primeiro dia de compromissos da cúpula do Brics, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva saiu em defesa do combate à sonegação de impostos. Ele também defendeu que mecanismos para aumentar a carga tributária sobre os mais ricos são “fundamentais”.

“O modelo neoliberal aprofunda as desigualdades. Três mil bilionários ganharam US$ 6,5 trilhões desde 2015. Justiça tributária e combate à evasão fiscal são fundamentais para consolidar estratégias de crescimento inclusivas e sustentáveis, próprias para o século XXI”, declarou.
O discurso está alinhado com a estratégia deflagrada pelo Palácio do Planalto ao longo das últimas semanas para fazer frente à derrubada, pelo Congresso, dos aumentos de alíquotas do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).

Ministros e aliados de Lula argumentam que o aumento do IOF não tinha viés somente arrecadatório. Além de garantir a meta fiscal, a medida estaria em um conjunto de ações de “justiça tributária”, termo que o governo adotou nas redes sociais e em entrevistas para apresentar suas propostas.

Nas redes sociais, o PT lançou uma campanha para defender a agenda econômica do Palácio do Planalto. O tema central das peças publicitárias é a taxação dos super-ricos, com a legenda “Taxação BBB: Bilionários, Bancos e Bets”.

Lula, por sua vez, tem reforçado a defesa do aumento da isenção do Imposto de Renda para quem recebe até R$ 5 mil mensais, que o governo prevê compensar com a cobrança de um tributo mínimo sobre rendas mais altas.

 

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