Quarta-feira, 03 de Dezembro de 2025
Por Redação Rádio Pampa | 3 de dezembro de 2025
Relator da indicação de Jorge Messias para o Supremo Tribunal Federal (STF), Weverton Rocha (PDT-MA) saiu do despacho com Lula (PT), novo articulador político do próprio governo, com dois recados. O primeiro foi que o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, seria procurado pelo petista e, houvesse insistência na sabatina, o caso seria levado aos aliados que integram o STF. O jurídico do Senado avisou que a leitura da mensagem presidencial seria indispensável para marcar a sabatina.
Bancada Suprema
Além de conseguir o que deseje no STF, Lula ainda conta com a simpatia da maioria de ministros aliados à indicação de Messias.
Votos contra
O recuo de Alcolumbre teve a ver apenas com o STF e nada com chance de derrota. No Senado, o ambiente segue controlado.
Ofensa
O presidente do Senado chamou o atraso de Lula e cia. no envio da mensagem presidencial de “omissão grave e sem precedentes”.
Se come frio
Após Alcolumbre anunciar o passo atrás, o governo já precifica derrotas: projeto antifacção, a LDO e o Orçamento de 2026.
Operadoras de telefonia devem R$12 bilhões em ICMS
As maiores operadoras de telecomunicações acumulam dívida bilionária de ICMS nos Estados. Dados do Atlas da Dívida Ativa dos Estados, atualizado pela Fenafisco, e relatórios da Procuradoria Geral do Estado de São Paulo, revelam que Vivo, Claro, TIM e Oi devem juntas mais de R$12 bilhões em ICMS não recolhido, o principal imposto sobre serviços de telefonia e internet. Só a TIM deveria R$ 3,5 bilhões somente em São Paulo e Rio de Janeiro, mas está em 3º lugar no ranking do calote.
Vivo em 1º
A Telefônica, dona da Vivo, lidera o pódio dos inadimplentes do setor, com débitos estimados em R$4,9 bilhões em diversos estados.
O maior calote
Em São Paulo, maior mercado do País, somente a dívida da Vivo em ICMS pode chegar a R$3,7 bilhões, contabilizando multas e juros.
Claro em 2º
Figurando entre os 500 maiores devedores, a Claro deve a São Paulo R$921 milhões em ICMS. Nos demais Estados, chegaria a R$2 bilhões.
Continua reprovado
Lula realizou o sonho de tornar Bolsonaro inelegível, condenado e preso, neutralizando a maior ameaça à sua reeleição, mas faltou combinar com as ruas: sua reprovação voltou a crescer e chegou a 50,7% dos brasileiros, segundo apontou pesquisa nacional Atlas/Bloomberg.
Continua difícil
A falta da comunicação oficial sobre Jorge Messias fez o presidente do Senado roer a corda e adiar a sabatina. O primeiro indicado de Lula, Cristiano Zanin, foi sabatinado em 20 dias, Flávio Dino, em 16.
Candidato pesado
Indicado de Lula ao STF, Jorge Messias passou o vexame de ver convidados para almoço cancelarem o compromisso. Esse tipo de gesto é comum com indicados, mas a rejeição no Senado não é só a Lula.
Coisa de petista
“O governo Lula conviveu, protegeu e blindou fraudadores por duas décadas”, é a conclusão do senador Rogério Marinho (PL-RN), que ainda acusa: “o esquema que saqueou o INSS foi gestado pelo PT”.
Promessa pendente
Flávio Bolsonaro (PL-RJ) lembra que pautar a anistia foi um acordo costurado com Davi Alcolumbre (União-AP) e Hugo Motta (Rep-PB), à época candidatos para presidir Senado e Câmara: “não foi cumprido”.
Coerência
Ex-ministro da Saúde de Jair Bolsonaro, Marcelo Queiroga endossou as críticas de Michelle Bolsonaro ao PL cearense que flerta com Ciro Gomes (PSDB): “coerência vem antes do pragmatismo”.
Indisponível
Na CPMI que investiga a bandalheira no INSS, parlamentares avaliam que é hora de convidar mais uma vez o ministro Wolney Queiroz (Previdência). Ele alegou viagem, mas na CPI poucos acreditaram.
Eleitor percebe
A pesquisa AtlasIntel aponta que todos os principais “erros” do governo Lula (PT), nos olhos do eleitor, têm a ver com falhas na segurança pública, aumento de impostos e descontrole nos gastos públicos.
Pensando bem…
…só aluno que não estudou gosta de ‘prova’ cancelada.
PODER SEM PUDOR
Olho no lance
Dilma Rousseff era presidente e fazia sala a parlamentares aliados, que, por insistência de sua ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti, aceitou receber para um raro coquetel. Dilma já começava a gostar da condição de anfitriã, até teve a ideia de mostrar dependências do palácio ao grupo, mas Ideli cortou: “Temos que terminar o encontro.” Dilma estranhou, com seu jeito búlgaro de ser: “Mas quem tem que ter pressa aqui sou eu!”. Ideli explicou a preocupação: “É que tem jogo do Brasil, e eles querem assistir”. Dilma fechou a cara, deu meia volta e deixou o recinto, para alívio dos convidados, que saíram em disparada.
(Com Rodrigo Vilela e Tiago Vasconcelos – Instagram: @diariodopoder)
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