Segunda-feira, 10 de Fevereiro de 2025
Por Redação Rádio Pampa | 21 de dezembro de 2022
O futuro ministro da Casa Civil, Rui Costa, disse nesta quarta-feira (21), que acredita que o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva deve anunciar “quase a totalidade” de ministros que vão compor sua nova gestão nesta quinta-feira (22).
“Quem anuncia é o presidente. Acredito que quase a totalidade amanhã”, disse a jornalistas ao chegar no Centro Cultural Banco do Brasil, sede do governo de transição em Brasília.
O governo Lula será composto por 37 ministérios. Na terça-feira (20), o futuro ministro já havia indicado que novos anúncios poderiam acontecer nesta semana. Rui Costa disse voltou a dizer que a ampliação na quantidade de ministérios não deve elevar os custos e cargos. “Fora o cargo individual de ministro, toda estrutura foi feita a partir de remanejamento de estruturas existentes”, explicou.
Quem é cotado para ser ministro
Antes citado para o Ministério da Ciência e Tecnologia, o ex-governador de São Paulo Márcio França (PSB) caminha para assumir o Ministério dos Portos e Aeroportos. A chance do cenário se concretizar cresceu de terça-feira para esta quarta-feira, mas ainda esbarra em alguma resistência de Lula, que avaliou a contribuição de França com as eleições e com a transição como ruim.
Se, ainda assim, o ex-governador assumir o Ministério dos Portos, a pasta de Ciência e Tecnologia ficaria nas mãos da presidente nacional do PCdoB, Luciana Santos, que integra o conselho político da transição e encerra o mandato de vice-governadora de Pernambuco no final do mês.
O primeiro plano do ex-governador era o Ministério das Cidades, que tem grande articulação com prefeitos, mas a pasta deve ficar com um partido com bancada mais numerosa na Câmara, como o MDB. Depois, França caminhou para assumir a Ciência e Tecnologia, mas resistia.
A pasta dos Portos é considerada, assim, uma solução intermediária. Em 1º de janeiro, Lula vai editar Medida Provisória com a nova configuração da Esplanada e o atual Ministério da Infraestrutura será divido em dois: Transportes e Portos e Aeroportos. A primeira área pode ficar nas mãos do senador Alexandre Silveira (PSD-MG), que foi candidato à reeleição em Minas com apoio de Lula, mas perdeu, e relatou a PEC da transição no Senado.
A economista Esther Dweck está altamente cotada nos bastidores do governo eleito para assumir o futuro Ministério da Gestão. A pasta será criada com a divisão do atual Ministério da Economia em quatro: Fazenda, Planejamento, Gestão e Desenvolvimento, Indústria e Comércio.
Dweck foi secretária de Orçamento do Ministério do Planejamento no governo Dilma Rousseff (PT) e participou do grupo de trabalho de planejamento da transição. Na formatação escolhida para o Executivo, o Planejamento assumiria estudos de longo prazo para a máquina pública federal e a Gestão ficaria responsável pelo “RH do Estado”. Dweck também é cotada para assumir o Planejamento, mas a ideia mais forte nos bastidores do governo eleito é ter alguém menos ligado ao PT.
Uma solução ventilada é o senador eleito Renan Filho (MDB-AL), que é economista e já conversou sobre o tema com o futuro ministro da Fazenda, Fernando Haddad, mas sofre resistências do próprio MDB para assumir o posto.
Os economistas Pérsio Arida e André Lara Resende igualmente passaram pela bolsa de apostas do Planejamento, mas deram sinalizações negativas para o governo de transição após a desidratação da pasta e a pressão do PT por espaços de peso.
No Ar: Pampa Na Madrugada