Terça-feira, 09 de Dezembro de 2025

Home Mundo Lula diz que alertou Trump sobre chefe do crime do Brasil em Miami

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse nesta terça-feira (9) que, durante ligação com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou ao norte-americano que o maior líder do crime organizado no Brasil está em Miami.

O petista deu a declaração durante discurso no Palácio do Planalto, em evento sobre as novas regras da Carteira Nacional de Habilitação (CNH). O petista relembrou a conversa que teve com Trump no dia 2 de dezembro.

“Eu liguei para o presidente Trump, dizendo para ele que, se ele quiser enfrentar o crime organizado, nós estamos à disposição. E mandei para ele, no mesmo dia, a proposta do que nós queremos fazer. Disse para ele, inclusive, que um dos grandes chefes do crime organizado brasileiro, que é o maior devedor deste país, que é importador de combustíveis fósseis, mora em Miami. Então se ele quiser ajudar, vamos ajudar prendendo logo esse aí, porque a Receita Federal pegou cinco navios dele aqui nos mares brasileiros”, disse Lula.

No discurso que fez, Lula não especificou a que liderança do crime organizado estava se referindo.

“Na medida em que você começa a jogar esse jogo da verdade, o país vai se preparando, o país vai se politizando e a gente vai colocando a raiva de lado e colocando a política na mesa principal”, completou o mandatário.

Recentemente, uma reportagem do programa Fantástico, da TV Globo, mostrou que Ricardo Magro, advogado que ergueu um império no ramo de combustíveis com a fortuna que deixou de pagar em impostos, leva uma vida de luxo em Miami, nos Estados Unidos.

O presidente Lula, no entanto, não citou o nome de Ricardo Magro no pronunciamento no Planalto. Na ligação com Trump, Lula e o presidente estadunidense trataram sobre o combate a facções criminosas no país, segundo o Palácio do Planalto.

Na conversa, Lula falou sobre a necessidade urgente de reforçar a cooperação com os Estados Unidos para combate ao crime organizado internacional.

De acordo com o petista, esse tipo de conversa com o líder norte-americano é fundamental porque lideranças do crime atuam conduzindo atividades ilícitas no Brasil, mas moram em território norte-americano.

O combate ao crime organizado foi levantado em telefonema recente entre Lula e Trump na esteira de uma operação deflagrada pelas autoridades brasileiras contra a refinaria privada Refit, em que a Receita Federal apontou operações irregulares com empresas constituídas no Estado norte-americano de Delaware, que permite a criação de empresas com anonimato e sem tributação local, desde que não gerem renda em território norte-americano.

Segundo a Receita, essas entidades são comumente associadas à lavagem de dinheiro ou blindagem patrimonial. Na época da operação, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que ele e o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, haviam sugerido a Lula que buscasse cooperação com autoridades dos EUA para combater a lavagem de dinheiro.

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