Terça-feira, 10 de Dezembro de 2024
Por Redação Rádio Pampa | 9 de novembro de 2024
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que está pronto para “enfrentar a extrema-direita” nas eleições presidenciais de 2026, se não houver outro nome apto no partido, mas que espera “não ser necessário”.
“Eu tenho o compromisso de entregar esse país com economia equilibrada, menos desemprego. Vou deixar para pensar 2026 em 2026. Tem vários partidos que me apoiam, vou discutir isso com muita seriedade e sobriedade. Então, se chegar na hora e os partidos resolverem que não têm nenhum outro candidato para enfrentar uma pessoa da extrema-direita, negacionista, obviamente estarei pronto para enfrentar. Mas espero que não seja necessário. Espero que a gente tenha outros candidatos e que possa fazer uma grande renovação política no país e no mundo”, disse Lula em entrevista a jornalista Christiane Amanpour, da CNN Internacional.
O petista também afirmou que escolher um candidato jovem para competir o pleito não irá “resolver o problema”:
“Governar não é praticar esporte, ou seja, não é o problema da juventude que vai resolver o problema da governança. O que vai resolver o problema da governança é a competência do governante, é o compromisso do governante, é a cabeça do governante, é a saúde e os compromissos do governante”.
Relação com Trump
Lula ainda minimizou a relação entre o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e Trump, ao ser questionado se a proximidade entre os dois poderá influenciar o ex-presidente a concorrer em 2026.
Na entrevista, o presidente Lula afirmou ainda que espera uma “relação respeitosa” com Donald Trump, eleito presidente dos Estados Unidos. “Quando dois chefes de Estado se encontram, o que prevalece é o interesse do Estado, não é o interesse pessoal”, disse.
“Eu quero dizer claramente ao povo americano: terei com o presidente Trump uma relação de respeito como chefe do Estado brasileiro. Espero que ele tenha uma relação de respeito com o Brasil como chefe do Estado americano. Ora, se nós estabelecemos essa linha de comportamento de civilidade, de respeito, o resto fica mais fácil”, declarou.
O petista também minimizou o “apoio” de Jair Bolsonaro (PL) a Donald Trump e afirmou que ex-presidente não tem votos. Ele foi questionado se a vitória do republicano poderia ser boa para Lula ou ajudar Bolsonaro, chamado pela jornalista de “Trump dos Trópicos”, a voltar ao poder.
“Ele era presidente e eu derrotei ele. Se ele estava apoiando Trump, não havia votos, ele não tem votos nos EUA e ele não poderia ganhar as eleições por meio disso”, disse.
Bolsonaro declarou que a vitória de Trump nos Estados Unidos era um “passo importantíssimo” para ele voltar ao Palácio do Planalto em 2026.
Elon Musk
Questionado sobre a relação com o bilionário Elon Musk, dono da rede social X, Lula afirmou que “é importante que a gente tenha em conta que nós precisamos retomar à civilidade e ao humanismo entre seres humanos”.
“O que queremos é que os empresários tratem os países com respeito e não usem notícias falsas para informar o povo, seja o povo americano, seja o povo do Brasil”, respondeu à jornalista Christiane Amanpour.
O presidente destacou que “ninguém é obrigado a gostar de ninguém”, mas que sempre deve haver respeito nas relações.
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