Waguinho participou da reunião na véspera, assim como o ministro da SRI (Secretaria de Relações Institucionais), Alexandre Padilha.
“A política leva a isso [a trocas]. As questões de negociação política que tem que ser feitas, é normal isso. Sem mágoa, sem rancor. A gente, com o presidente Lula, é diferente, tem relação de amizade”, disse o prefeito.
Waguinho esteve no Palácio do Planalto na tarde de quarta (14), mas afirmou que as reuniões foram para tratar de demandas da bancada do Rio de Janeiro. Afirmou que haverá um novo encontro com Padilha e que, novamente, não será para discutir a situação de sua esposa.
O prefeito também vai se reunir com o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL).
A situação de Daniela Carneiro tornou-se delicada com a pressão da União Brasil para que o Planalto a substitua pelo deputado Celso Sabino (União Brasil-PA) após Lula negociar mudanças na articulação política em troca de ampliar a base política na Câmara.
A ministra está atualmente licenciada do partido, enquanto seu marido já acertou a filiação ao Republicanos. A União Brasil afirma que a indicação de Daniela para o cargo estava ligada à cota do presidente Lula, e não do partido.
Waguinho negou esse acerto e aproveitou para atacar os dirigentes da legenda, o presidente e deputado Luciano Bivar (PE) e o vice-presidente Antônio Rueda. Disse que a pasta do Turismo seria não apenas destinado para a União Brasil, mas sim para um representante do Rio de Janeiro. Por isso optou-se por Daniela Carneiro.
Havia a expectativa que a ministra seria demitida na terça, durante o encontro com Lula. No entanto, o governo afirmou que ela seguiria no cargo. Acrescentou que ela participaria de audiências no Congresso para detalhar as propostas da sua pasta. Além disso, participou da reunião ministerial no Planalto nessa quinta (15).