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Por Redação Rádio Pampa | 10 de novembro de 2023
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva encaminhou para o Senado Federal os nomes dos dois indicados para novos diretores do Banco Central (BC), que devem assumir a partir de 1º de janeiro de 2024. Paulo Picchetti e Rodrigo Alves Teixeira precisam ser aprovados pelos senadores para assumir o posto.
Em outubro, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, já havia anunciado os nomes dos indicados. Se aprovados pelo Senado, Paulo Picchetti vai comandar a diretoria de Assuntos Internacionais e Gestão de Riscos Corporativos, enquanto Rodrigo Alves Teixeira assumirá a diretoria de Relacionamento, Cidadania e Supervisão de Conduta.
Com os dois novos nomes, serão quatro diretores nomeados pelo presidente Lula no total de nove cadeiras na cúpula do BC, incluindo o chefe da instituição.
Perfis
Picchetti é coordenador dos Índices de Preços Brasil no Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getulio Vargas (FGV), além de ser um dos membros do Comitê de Datação de Ciclos Econômicos (Codace), responsável por definir quando começam e terminam os momentos de recessão e expansão da economia brasileira.
Tem mestrado em Economia pela Universidade de São Paulo e doutorado em Economia pela Universidade de Illinois. Ele está no quadro da FGV desde 2007 e foi professor da USP de 1995 a 2006. Nasceu em São Paulo e completa 62 anos em dezembro. O economista ocupará o cargo de Fernanda Guardado, que está no posto desde julho de 2021 e cujo mandato acaba em 31 de dezembro.
Já Teixeira tem 45 anos e nasceu em Birigüi (SP). É servidor de carreira da autoridade monetária desde 2002 e atualmente está cedido para a Casa Civil. Ele substituirá Maurício Moura, também funcionário do BC, que está no posto desde agosto de 2017, antes da aprovação da lei de autonomia do BC, e cujo mandato também expira em 31 de dezembro.
Atualmente, ele é secretário especial adjunto de análise governamental na Casa Civil e professor do Departamento de Economia da PUC-SP. A diretoria de Relacionamento tradicionalmente é ocupada por servidores de carreira do BC por ter uma natureza mais administrativa, com atividades internas.
Os dois diretores que deixam seus cargos fazem parte do grupo que defendeu uma postura mais rígida do Banco Central quanto aos juros, votando por uma redução menor da taxa Selic na reunião de agosto do Comitê de Política Monetária (Copom).
As mudanças devem levar ao BC o olhar mais próximo do que governo espera. Os dois primeiros indicados pelo governo Lula, Gabriel Galípolo e Ailton Aquino, por exemplo, votaram pelo corte que possibilitou a queda de 0,5 ponto percentual.