Domingo, 06 de Julho de 2025
Por Redação Rádio Pampa | 5 de julho de 2025
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva cobrou os setores de distribuição e varejo de combustíveis para que repassem os reajustes de preço realizados pela Petrobras para as bombas dos postos de abastecimento do País.
Em sua fala, o presidente chamou a atenção da Secretaria de Defesa do Consumidor, além dos Procons estaduais, do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e da Polícia Federal, pedindo a fiscalização dos repasses.
— É preciso que esses órgãos não permitam que nenhum posto de gasolina desse país venda gasolina mais cara do que o preço que tem que vender. Não é possível que a Petrobras anuncie tanto desconto no óleo diesel e esse desconto não chegue ao consumidor. Aqueles que dizem que está caro precisam levar em conta que, mesmo quando a Petrobras abaixa, os postos não abaixam — disse ele.
A fala do presidente se soma às movimentações do Ministério de Minas e Energia, que vinha se queixando a órgãos como o Cade sobre práticas anticompetitivas.
— O nosso óleo diesel e nossa gasolina hoje estão mais baratos do que quando entramos na presidência há dois anos e meio atrás, se pegarmos a inflação desse período. Mesmo quando a Petrobras baixa, muitos postos não reduzem. Não é possível. Senão somos tratados como um bando de imbecis, porque decidimos as coisas e elas não chegam na ponta — completou o presidente.
Lula participou de evento da Petrobras na Refinaria Duque de Caxias (Reduc), na Região Metropolitana do Rio, uma das maiores do país. Compareceram ao lado do presidente os ministros Alexandre Silveira (Minas e Energia), Esther Dweck (Gestão e Inovação) e Silvio Costa Filho (Portos e Aeroportos), além de Magda Chambriard, presidente da Petrobras.
Na quinta-feira (3), a petroleira anunciou investimento de cerca de R$ 33 bilhões até 2029 em refino e petroquímica no Rio de Janeiro. Cerca de R$ 6,26 bilhões serão voltados para a Reduc, com a ampliação de produção de diesel S-10, diesel R7, QAV (querosene de aviação) e lubrificantes. Dentro desse valor, R$ 2,4 bilhões serão em paradas programadas de manutenção na refinaria. A expectativa é de expansão de 110 mil barris por dia.
Em Caxias, serão ainda investidos R$ 860 milhões na modernização da central termelétrica para substituição de equipamentos e melhoria na eficiência energética. Já no Complexo de Energias Boaventura (CEB), o antigo Comperj, em Itaboraí, a Petrobras anunciou investimento de cerca de R$ 23 bilhões até 2029.
A companhia também irá investir R$ 4,3 bilhões na ampliação da unidade de polietileno da Braskem (empresa na qual a estatal tem 47% do capital votante), para aumentar a produção em 230 mil toneladas por ano. A unidade fica em Duque de Caxias. O valor, no entanto, será aportado pela Braskem.
Em sua fala no evento, Magda chamou atenção para as movimentações da estatal de integrar os principais ativos no estado, com o objetivo de ampliar a produção de combustível nos próximos anos com o uso do gás natural do pré-sal.
— Nós acreditamos nessa integração e é isso que vai ser feito nesse megaprojeto, que é a sinergia da Reduc, com o Complexo de Energias Boaventura e com a Braskem no Rio de Janeiro — disse ela, e acrescentou — Vamos colocar a Braskem no local que ela merece, que é de sexta maior petroquímica do mundo. (Com informações do jornal O Globo)
No Ar: Show de Notícias