Sábado, 02 de Agosto de 2025
Por Redação Rádio Pampa | 1 de agosto de 2025
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta sexta-feira (1º), que o presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, pode falar com ele quando quiser.
Trump foi questionado diretamente sobre se estava disposto a discutir as tarifas aplicadas ao país e reafirmou que Lula pode falar com ele, repetindo a mesma frase: “Ele pode falar comigo quando quiser”. Na sequência, ao ser perguntado sobre o que estaria em pauta para o Brasil, completou: “Vamos ver o que acontece. Eu amo o povo brasileiro”. A declaração foi dada na Casa Branca, em resposta à jornalista Raquel Krähenbühl, da TV Globo e da GloboNews.
Ao ser indagado sobre o fato de as tarifas aplicadas ao País não parecem ter ligação com questões comerciais, Trump afirmou que “as pessoas que governam o Brasil fizeram a coisa errada”.
Em meio às pressões para que Lula entre em contato com o norte-americano e discuta o tarifaço de 50% imposto aos produtos brasileiros comercializados com aquele País, integrantes do governo Lula vinham enfatizando que a organização de uma conversa entre os dois presidentes era complexa. Como mostrou o Estadão, Lula cogita ligar para Trump, mas queria antes ter a certeza de que o americano iria atender a ligação e focar em comércio na conversa.
Em entrevista ao New York Times, o brasileiro afirmou que o país “não negociará como se fosse um país pequeno contra um país grande”.
Na última quarta-feira, o presidente americano assinou a ordem que define a tarifa adicional de 40% sobre o Brasil (além dos 10% inicialmente aplicados como tarifa recíproca), apontando especialmente razões políticas em seu comunicado, com ataques ao governo brasileiro e ao ministro Alexandre de Moraes, em razão do julgamento de Jair Bolsonaro e da regulação das big techs. Apesar disso, quase 700 produtos brasileiros foram isentos da tarifa.
EUA
A associação que representa os restaurantes americanos enviou uma carta ao governo dos Estados Unidos alertando sobre o impacto do tarifaço imposto pelo presidente dos EUA, Donald Trump, sobre alimentos do Brasil e da União Europeia como café, carne bovina, vinhos e destilados. O setor pede isenção dessas tarifas para não afetar o custo e a disponibilidade de produtos nos estabelecimentos.
A carta foi enviada pela Associação Nacional de Restaurantes dos Estados Unidos ao representante de Comércio do governo americano, Jamieson Greer, nomeado como principal negociador das tarifas, na última terça, véspera do decreto de Trump que confirmou a taxa de 50% aos produtos brasileiros, incluindo o café e a carne, que não entraram na lista de exceções.
A associação representa 500 mil estabelecimentos dos Estados Unidos. “Impor tarifas a parceiros importantes como Brasil e União Europeia traria grandes desafios à cadeia de suprimento dos restaurantes, afetando o custo e a disponibilidade de produtos essenciais como café, carne bovina e alimentos, vinhos e destilados europeus”, diz a carta.
“Atualmente, os preços da carne bovina já estão em níveis recordes, impactando os preços de pratos como hambúrgueres, tacos e outros”, afirma a associação americana.
O secretário do Comércio dos Estados Unidos, Howard Lutnick, reconheceu que o país pode reconsiderar e isentar de tarifas comerciais bens incapazes de “crescer” em solo americano, como café, cacau e outros produtos.
“Concordamos que os déficits comerciais dos EUA com outros países devem ser mais equilibrados, mas como os produtos alimentícios e bebidas não contribuem significativamente para esses déficits, esperamos que esses produtos possam ser isentados”, diz a carta dos restaurantes. O EUA é superavitário na balança comercial com o Brasil.
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