Domingo, 09 de Fevereiro de 2025

Home em foco Lula torna público seu cartão de vacinação; documento de Bolsonaro deve perder o sigilo

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O Palácio do Planalto divulgou nessa quinta-feira (16) a carteira de vacinação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e de sua esposa, a primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja. A versão digital do documento está disponível via Lei de Acesso à Informação (LAI).

O comprovante de vacinação do presidente informa que Lula tomou quatro doses de vacina contra a covid: as duas primeiras foram de Coronavac (em março e abril de 2021, em São Bernardo do Campo); a terceira, de Pfizer (em outubro de 2021, em São Paulo); a última e mais recente, da Janssen, também na capital do Estado de São Paulo, em abril de 2022.

Janja, por sua vez, recebeu quatro doses de Pfizer: em junho de 2021, setembro de 2021, janeiro de 2022 e novembro de 2022. A socióloga foi imunizada em todas as ocasiões na cidade de São Paulo.

Não é segredo que Lula e Janja se vacinaram contra a covid. Há, inclusive, registros públicos disso. O gesto é político. Ao atender ao primeiro pedido para a divulgação do documento, o governo Lula se se contrapõe à postura de Jair Bolsonaro, que quando estava no poder se negou a informar se tomou a vacina.

A Controladoria-Geral da União (CGU) deve retirar o sigilo do cartão de vacinação de Bolsonaro nos próximos dias. O governo Bolsonaro impôs um sigilo de cem anos sobre o documento, sob a alegação de que os dados “dizem respeito à intimidade, à vida privada, à honra e à imagem” do ex-presidente.

Ao longo do mandato, Bolsonaro e desestimulou a vacinação contra a covid, a medida mais eficiente para combater a doença e permitir a volta à normalidade. “Eu não vou tomar vacina e ponto final, problema meu”, disse em dezembro de 2020, antes que as primeiras doses fossem aplicadas nos cidadãos brasileiros.

Em outubro de 2021, a CPI da Covid atribuiu nove crimes a Bolsonaro, entre eles prevaricação, infração a medidas sanitárias preventivas e charlatanismo.

O Ministério da Saúde pretende iniciar em 27 de fevereiro uma campanha de vacinação contra a covid, que usará um imunizante bivalente da Pfizer para garantir maior proteção contra as novas variantes do coronavírus.

As vacinas bivalentes, que contam com cepas atualizadas contra o coronavírus, incluindo a proteção contra a variante Ômicron, começarão a ser aplicadas nesta campanha como dose de reforço.

Veja a ordem prevista da vacinação divulgada pelo ministério ainda sem as datas específicas:

  • 1ª fase: pessoas a partir de 70 anos, imunocomprometidas, comunidades indígenas, ribeirinhos, quilombolas e que vivem em instituições de longa permanência;
  • 2ª fase: pessoas de 60 a 69 anos;
  • 3ª fase: gestantes e puérperas;
  • 4ª fase: profissionais de saúde.

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