Segunda-feira, 20 de Outubro de 2025
Por Redação Rádio Pampa | 29 de abril de 2023
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) precisou voar para São Paulo neste sábado (29) para o enterro de uma afilhada. O Palácio do Planalto não deu mais detalhes do compromisso em razão da delicadeza do momento e da privacidade do presidente e seus familiares.
A previsão inicial era que o presidente viajaria para São Paulo na sexta-feira, onde passaria o feriado. A expectativa era que ele participaria, como nos anos anteriores, do Ato nacional do Dia do Trabalhador e da Trabalhadora, no Vale do Anhangabaú. A categoria é parte da base de apoio de Lula e historicamente próxima de sua gestão.
A viagem, no entanto, foi desmarcada ainda na sexta-feira, horas antes da decolagem de Lula. Até o final do dia, não havia a confirmação de que o presidente iria para o Estado e se participaria do ato das centrais sindicais.
Neste sábado, no entanto, o chefe do Executivo precisou voar para São Paulo em razão do acontecimento pessoal. A Secom não confirmou se o presidente voltará a Brasília ou se permanecerá em São Paulo.
1º de Maio
A expectativa inicial do governo era que Lula usasse o Dia do Trabalhador para oficializar o novo valor do salário mínimo – R$ 1.32. Segundo o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, o anúncio estava previsto para ser feito durante o ato das centrais sindicais em São Paulo. Marinho disse já ter assinado a medida provisória, que aguardava apenas a assinatura do presidente Lula, e deve ser publicada no Diário Oficial da União até o dia 1º de maio.
Neta de Lula
Bia Lula, a neta mais velha do presidente Lula, foi internada ao sofrer três crises epilépticas em um único dia. De acordo com Bia, a sequência de crises foi na última segunda-feira (25), e ela só retomou plenamente a consciência na noite de quinta (27). A jovem vai realizar exames para descartar qualquer problema de saúde “ainda maior”.
Reforma agrária
O ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, afirmou neste sábado (29) que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve anunciar em maio um “plano emergencial” para a reforma agrária. Paulo Teixeira deu a declaração em São Paulo, onde participou de um evento organizado pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).
Durante a campanha do ano passado, o então candidato Lula afirmou que, se eleito, determinaria medidas para reforma agrária.
“Esse diálogo [com o MST], agora, o próximo passo dele será nossa presença na feira da reforma agrária, no mês de maio. E o presidente Lula deve anunciar o lançamento de um plano emergencial de reforma agrária no Brasil”, afirmou Paulo Teixeira neste sábado.
Questionado sobre quando acontecerá o anúncio de Lula, ele respondeu que deve ser em maio.
A declaração do ministro do Desenvolvimento Agrário acontece três dias após a Câmara dos Deputados ter criado uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar invasões do MST neste ano.
Paulo Teixeira tem contestado a criação CPI, afirmando que a comissão não tem o que investigar uma vez que, segundo ele, não há atualmente terras invadidas pelo MST. Para o ministro, a criação da CPI visa “alimentar luta”, uma vez que as ocupações tiveram “caráter de protesto”.
“[A CPI] vai investigar o quê? Vai investigar ocupações que não existem mais, famílias que já não estão naquelas terras?”, questionou o ministro.
“Eu não vejo razão senão alimentar luta política, ideológica e que não serve a ninguém, não move o país e não resulta em algo positivo para o país. Eu acho que o Congresso Nacional tem matérias mais importantes para se debruçar”, acrescentou Teixeira na ocasião.